Empresas brasileiras desembolsaram mais de R$ 11,4 bilhões em 2024 para resolver disputas trabalhistas por meio de acordos homologados nos Centros Judiciários de Métodos Consensuais de Solução de Disputas da Justiça do Trabalho (Cejuscs-JT).
O valor representa um salto de 65,3% em relação a 2023, quando foram movimentados R$ 6,9 bilhões, conforme dados divulgados pela Vice-Presidência do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT).
Os Cejuscs-JT, especializados na mediação e conciliação de conflitos, registraram crescimento em outros indicadores. O número de audiências subiu 24,7%, para um total de 423,77 mil sessões em 2024. Já os acordos homologados somaram 133,86 mil, um crescimento de 12% em comparação ao ano anterior.
Além do impacto direto para as empresas, os acordos geraram dinheiro para os cofres públicos. As conciliações resultaram em mais de R$ 1 bilhão em contribuições previdenciárias e outros R$ 600 milhões em tributos fiscais.
Justiça do Trabalho movimentou R$ 3,86 bi em apenas um tribunal
Entre os Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs), o maior volume financeiro foi registrado pelo TRT da 10ª Região (DF-TO), com R$ 3,86 bilhões. Em seguida, destacaram-se o TRT da 15ª Região (Campinas-SP), com R$ 1,21 bilhão, e o TRT da 3ª Região (MG), com R$ 1,18 bilhão.
O TRT da 15ª Região também liderou em número de acordos homologados, com 18,56 mil, e obteve o maior índice de conciliação (51,8%). O TRT da 3ª Região registrou percentual semelhante, com 50,7%. Já o TRT da 18ª Região (GO) foi responsável pelo maior número de audiências realizadas (71,16 mil), enquanto o TRT da 9ª Região (PR) contou com o maior número de conciliadores em atuação (98).
