quinta-feira, setembro 19, 2024
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empresários não têm ‘inteligência’ para investir em cultura

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira, 12, que os empresários brasileiros não têm “inteligência suficiente” para investir em cultura. O petista deu a declaração durante a reinauguração do Armazém da Utopia, no Rio de Janeiro.

Ele ainda disse que, além de não investir, o setor privado negligencia a classe artística, “que é essencial para a identidade e o progresso social”.

“Os empresários precisam entender que investir em cultura não é caridade, mas uma necessidade para o crescimento do Brasil”, afirmou o presidente da República. Segundo Lula, a falta de apoio afeta diretamente a diversidade cultural e limita oportunidades para artistas e produtores.

O presidente ainda disse que muitas iniciativas culturais não conseguem sair do papel. De acordo com ele, os empresários devem ter responsabilidade nesse sentido.

Lula criticou presidentes anteriores

Sem citar nomes, Lula criticou presidentes anteriores que, segundo ele, não receberam pessoas ligadas à cultura por cobrarem iniciativas do governo. 

“Muitos presidentes não gostam de cultura, até podem ir a Paris ver uma peça, mas não gostam de conversar com artista, porque artista é chato ideologicamente, está sempre cobrando”, disse o petista. “A cultura é o jeito da gente contrariar o que é o pensamento dominante de uma sociedade, propondo coisas novas.” 

Presidente contra o marco temporal

No mesmo dia, Lula também criticou o marco temporal de demarcação das terras indígenas. Ele disse que alguns parlamentares são a favor da medida porque têm compromisso com “grandes fazendas” e “propriedades”.

Lula disse que há parlamentares têm compromisso com as ‘grandes fazendas’ | Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Lula disse que há parlamentares têm compromisso com as ‘grandes fazendas’ | Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

“Da mesma forma que vocês, também sou contra a tese do marco temporal”, afirmou Lula. “Fiz questão de vetar esse atentado aos povos indígenas, mas o Congresso Nacional, com prerrogativa respaldada por lei, derrubou meu veto. A discussão segue na Suprema Corte Federal, e minha posição não mudou.”

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Via Revista Oeste

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