Um grupo de empresários gaúchos se uniu para construir casas emergenciais ultra-baratas e de rápida edificação para acolher temporariamente os desabrigados das enchentes no Rio Grande do Sul.
As casas terão um custo de apenas R$ 25 mil, serão erguidas pelas próprias comunidades e terão um tempo de construção de apenas três dias.
“O objetivo não é criar moradias permanentes, mas construir casas o mais rápido e econômico possível, para dar um abrigo temporário para as pessoas que perderam tudo. Dessa forma, elas vão poder reorganizar suas vidas e depois voltar para residências maiores”, explica à Oeste Gustavo Dal Pizzol, CEO da Fiber e um dos coordenadores do grupo de empresários envolvidos nessa iniciativa, chamado de Grupo Front.
A unidade habitacional é feita em madeira, é entregue com toda a parte elétrica e hidráulica, além de pia, chuveiro e sanitário, e tem uma dimensão de 21,6 m2, podendo ser duplicada para unir dois módulos e acolher famílias maiores.
A empresa produtora é a paranaense Mademape, que está trabalhando a preço de custo.
O grupo de empresários, que preferiu manter reservados os nomes de seus membros, já doou um valor suficiente para construir 240 casas. O ritmo de edificação dessas habitações será de 20 por dia.
“A mobilização dos empreendedores gaúchos foi muito importante. Em poucos dais conseguimos disponibilizar oito helicópteros que estão rodando sem parar em todo o estado para ajudar nas operações de resgate”, diz Gustavo.
Segundo o executivo, é possível aumentar a produção de casas para 60 unidades por dia.
“Estamos trabalhando para encontrar parceiros e influenciadores que divulguem o projeto. Vamos conseguir produzir mais casas”, diz Gustavo.
Centros de distribuição em todo o Rio Grande do Sul
O grupo Front organizou centros de distribuição em todas as regiões do Rio Grande do Sul, onde as casas chegarão desmontadas para ser entregues aos futuros moradores.