terça-feira, fevereiro 11, 2025
InícioDestaqueEmpresário preso pagou R$ 5 mil para secretária do Turismo

Empresário preso pagou R$ 5 mil para secretária do Turismo

Um relatório da Polícia Federal, no âmbito da Operação Emendário, revela o pagamento de R$ 5 mil feito pelo empresário Eduardo José Barros Costa à atual secretária nacional de Políticas de Turismo, Cristiane Leal Sampaio. A informação é do jornal Estadão.

Eduardo DP, investigado como sócio oculto da Construnorte, foi preso em novembro, sob acusação de operar um esquema de venda de emendas parlamentares.


A investigação da PF concentra-se em três emendas parlamentares destinadas ao município de São José de Ribamar, totalizando R$ 6,7 milhões. Deste montante, pelo menos R$ 1,6 milhão teriam sido cobrados como propina pela quadrilha ao então prefeito, Eudes Sampaio.

Depois de recusar-se a pagar, ele denunciou as ameaças recebidas à polícia. O caso foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), sob a relatoria do ministro Cristiano Zanin, em junho de 2021.

Detalhes da investigação

O relatório revela que Cristiane prestava informações a João Batista de Magalhães, assessor de Josimar Maranhãozinho (PL-MA), sobre a liberação de recursos em convênios entre a Codevasf e os municípios de Bacabeira e Santa Rita.

Todos os três convênios, que visam à pavimentação de vias, foram executados pela Construtora Guimarães, registrada em nome de Ivanuto Soares Guimarães, preso pela PF em 2009.

As operações foram financiadas pela emenda de relator-geral número 1.480, dificultando a identificação do parlamentar responsável, no contexto do chamado “orçamento secreto”.

Secretária do Turismo pediu R$ 5 mil como pagamento por informações sobre emendas

Magalhães negociava com Cristiane a captação dessas emendas, comunicando-se via WhatsApp, em que ela era referida como “Cris/Segov”. Durante as mensagens interceptadas, Cristiane estava no Poder Legislativo, como assessora do senador Eduardo Gomes (MDB-TO).

Em uma mensagem de áudio a Eduardo DP, Magalhães mencionou: “Irmão, esse último Pix é o da Cris, aquele nosso pagamento, ela me pediu 5 (mil)”. O relatório inclui outra interação entre Cristiane e Magalhães, na qual ela escreve: “Amoreee… bommmm diaaaaa”, enviando uma chave Pix registrada em Brasília.

As investigações sobre Josimar Maranhãozinho, Pastor Gil (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE) foram inicialmente divulgadas pelo Estadão em outubro do ano passado.

De acordo com a PF, Maranhãozinho atuava como líder, coordenando a devolução de parte das verbas. A proximidade entre Magalhães e Eduardo DP, implicado na Operação Benesse, que investiga corrupção em emendas, também foi destacada.



Via Revista Oeste

MAIS DO AUTOR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui