domingo, novembro 24, 2024
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Empresário é encontrado morto por supostamente ter comido ‘brigadeirão’ envenenado

A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro investiga a morte do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond. Os agentes acreditam que o homem morreu por ter comido um “brigadeirão” envenenado.

Os bombeiros encontraram o corpo do empresário em 20 de maio, depois que vizinhos ficaram incomodados com o cheiro que saia de dentro do seu apartamento. A principal suspeita do crime, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, sua namorada, está foragida.

Início das investigações sobre o “brigadeirão” envenenado

O laudo da necrópsia não determina a causa da morte, mas mostra que o perito identificou uma pequena quantidade de líquido achocolatado no sistema digestivo. Poderia ser parte do “brigadeirão”.

A polícia também encontrou um analgésico forte na cena do crime e apurou que Júlia foi até uma farmácia e pediu medicamento de uso controlado.

As últimas imagens registradas do empresário, da câmera de segurança do elevador do prédio, mostram ele no dia 17 de maio. Ele carregava um prato, enquanto Júlia oferecia uma cerveja e os dois se beijam. 

Segundo as investigações, Júlia cometeu o crime para ficar com bens e valores da vítima. A polícia também acredita que a namorada conviveu com o corpo durante todo o fim de semana.

A corporação encontrou o corpo de Luiz no sofá da sala, ao lado de cartelas de morfina. Ele estava sentado, com dois ventiladores ligados — um no teto e outro no chão — em direção à janela, que estava aberta.

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Ação da polícia e evidências adicionais

O laudo do Instituto Médico-Legal mostra que o empresário morreu de três a seis dias antes de o corpo ser achado. A causa da morte foi inconclusiva para marcas aparentes e lesões, mas a polícia solicitou exames complementares, que ainda não ficaram prontos.

A corporação intimou a namorada a prestar depoimento dois dias depois de o cadáver ter sido achado. Aos agentes, ela disse que saiu da casa do namorado depois de uma briga. Ela informou que ele estava bem e chegou a preparar o café da manhã para ela.

Depoimentos de vizinhos do empresário

Os investigadores tiveram acesso às imagens do circuito de câmeras do prédio, que mostram o empresário e Júlia no elevador, indo e voltando da piscina. A polícia descobriu que Júlia deixou o prédio com malas às 13h do dia 20 de maio.

O Disque Denúncia divulgou, nesta quarta-feira, 29, um cartaz para ajudar no inquérito policial instaurado pela 25ª DP (Engenho Novo), a fim de obter informações que possam levar à localização e à prisão de Júlia.

Em depoimento à polícia, o porteiro do prédio onde Luiz Marcelo morava disse que, no último mês, notou uma mudança no comportamento do morador. De acordo com o funcionário, ele “aparentava” estar sob efeito de algum medicamento ou droga”.

Ele também contou que, até o dia da morte, Júlia apresentava um “comportamento normal”, mas percebeu um nervosismo no dia 18. Na ocasião, ela desceu e pediu ajuda para tirar o carro de Luiz Marcelo da garagem. 

Segundo o porteiro, ela voltou às 18h30, sem o veículo. Ao perguntar pelo namorado, teria dito que ele “estava doente, acamado em casa.”

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Via Revista Oeste

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