A Eve, subsidiária da Embraer dedicada ao desenvolvimento de “carros voadores autônomos” (eVTOL), registrou um prejuízo líquido de US$ 36,4 milhões no segundo trimestre deste ano.
Esse valor representa um aumento de 15,8% nas perdas em comparação ao mesmo período do ano passado. A empresa produtora de carros voadores, a qual ainda está em fase pré-operacional, não tem receitas registradas.
Entre abril e junho, a Eve investiu US$ 36,3 milhões em pesquisa e desenvolvimento, um aumento de 66,4% em relação ao ano anterior. Esses recursos têm sido direcionados para a criação do primeiro protótipo funcional de carros voadores.
A carteira de pedidos da Eve alcançou US$ 14,5 bilhões no final do segundo trimestre, com a solicitação de um total de 2,9 mil unidades por 30 clientes. A América do Norte representa 44% desses pedidos, destacando-se como a principal região interessada nos veículos.
Segundo a empresa, houve uma queima de caixa de US$ 31,4 milhões no trimestre, e a previsão é que esse consumo chegue a US$ 170 milhões até o fim do ano. Em 30 de junho, a posição de caixa da Eve era de US$ 206,5 milhões.
Embraer já vendeu 3 mil “carros voadores”
Até maio deste ano, a Embraer anunciou a venda de cerca de 3 mil “carros voadores” para empresas internacionais e investidores. Os veículos são do modelo eVTOL e vão começar a ser entregues a partir do fim de 2026. Cada um vai custar em torno de R$ 15 milhões.
Os carros eVTOL, sigla em inglês para veículo elétrico de pouso e decolagem vertical, devem passar por testes em Gavião Peixoto, a 330 km da capital paulista. No local está localizado o maior centro de ensaio de voo do Hemisfério Sul, que pertence à Embraer.
Os testes devem ocorrer depois que o primeiro protótipo em tamanho real de um carro voador for produzido. A empresa espera construir o veículo ainda neste ano. A primeira unidade ainda não tem um nome oficial, mas foi chamada provisoriamente de Eve 01.