Nesta segunda-feira (22), Pedrinho tomou posse como presidente associativo do Vasco, em sessão solene realizada na sede náutica do clube, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A reforma de São Januário, tema que promete ser carro-chefe no mandato do ex-jogador, foi abordada.
“Esse acho que é um grande objetivo, a meta principal dentro do que eu tenho direito como Presidente do Associativo, dentro do contrato que a gente está estudando e lendo”, disse Pedrinho.
Em novembro de 2023, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, assinou o projeto de lei que viabiliza a reforma do estádio. Agora a Câmara dos Vereadores precisa aprovar para que o Vasco consiga dar início às obras. Mas a votação ficou para esse ano, já que a Câmara do Rio entrou em recesso no dia 19 de dezembro e só retorna no dia 15 de fevereiro. Para Pedrinho, o ideal seria que as obras começassem no meio do ano.
“A gente sabe que pode demorar de dois anos e meio a três anos. O meu sonho e desejo é que a gente inicie o estádio no meio do ano, obviamente pensando em dois anos e meio de construção. Eu entregando o estádio no final do meu mandato.”
Pedrinho também falou sobre a relação entre clube associativo e Sociedade Anônima do Futebol (SAF). O presidente garantiu sinergia e fiscalização em todos os projetos. Afirmou ainda que o fato de a parte social ainda ser detentora de 30% do futebol faz com que ele e o conselho ainda tenham poder de decisão, mesmo que minoritário.
“Em relação à SAF, sempre vamos tentar o diálogo. Mas como eu digo, meu trabalho é em prol do Vasco, eu sou Vasco. O diálogo é sempre aberto, é sempre prazeroso falar de futebol e contribuir. Desde que fui empossado eu me coloquei à disposição para isso, sempre partiu de mim para que isso acontecesse, até o momento, por eu ainda não ser presidente, acho que vai facilitar. Quem tem 30%, pode ser minoritário, tem que ser ouvido, a intenção é sempre de ajudar e colaborar”, explicou.
Pedrinho prometeu fiscalizar tudo dentro do clube no triênio que vai ser presidente – a próxima eleição acontece em 2026, e o novo mandatário pode concorrer a reeleição.
“Eu tenho direitos e deveres em relação ao associativo, que é fiscalizar, cobrar e lutar pelo clube e pelo torcedor, é para isso que eu vim e me preparei. O diálogo vai ser a primeira opção para que as coisas funcionem. Eu torço para o Vasco, então é para o Vasco que vou trabalhar”, disse.
A 777 Partners é detentora de 70% do futebol do clube e tem feito a maior gestão. O CEO Vasco, atualmente, é Lúcio Barbosa.
Desde que foi eleito, em novembro, Pedrinho tem feito uma verdadeira imersão no Vasco e se inteirou de todos os processos dentro do clube. O presidente prometeu transparência em tudo.
“A comunicação me ensinou muita coisa. Obviamente estudei para estar lá naquele lugar, tentei fazer a comunicação de forma mais simples para fazer com o que o outro entenda, mas tentei trazer algo novo para a comunicação. O que eu percebi aqui é ser verdadeiro, falar com a alma, não ser um personagem. Aqui sou eu, Pedrinho, um ser humano, que tem sentimentos, que vai errar e acertar. Sou eu. Eu jamais vou fazer ou falar algo que eu não possa cumprir. O torcedor quer transparência”, comentou, exemplificando com uma fala recente de Leila Pereira, do Palmeiras, sobre não abrir valores:
“Eu vi uma frase da Leila sobre confidencialidade de contrato e perguntei o porque disso se o torcedor é o maior patrimônio do clube… É isso, transparência com o torcedor”, completou.
Questionado se o fato de não ser a última voz dentro do futebol do clube incomoda, Pedrinho se mostrou tranquilo. Mesmo com o futebol sendo o carro-chefe da engrenagem do Vasco. Para ele, o importante é o Vasco da Gama como um todo prosperar cada vez mais.
“Isso não me incomoda. Quem me conhece sabe que tenho zero vaidade com relação a poder e ter a última voz. Eu sei que não estou nem no top-10 dos maiores jogadores da história do Vasco, e isso não me faz inferior em nada. Mas também sei que, com o carinho do torcedor, posso estar na primeira prateleira. O torcedor vai olhar para mim e se identificar, porque ele vê verdade, vê sentimento, sabe toda a minha história e relação com o Vasco. Quero contribuir para um Vasco forte, seja com 1%, 10%, 30% ou com nada, como já foi. Não torço para empresa, para marca, eu torço para o Vasco. Eu me preparei e trabalho para o Vasco. O que for para o Vasco, vou fazer”, analisou.
Veja a equipe que assume com Pedrinho
- Renato Brito – Segundo VP Geral