A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, fez uma postagem em uma rede social na qual classificou como “emoção” o fato de a sua irmã, a vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada em 2018, ter recebido uma homenagem durante desfile da escola de samba Portela, no Rio de Janeiro.
Anielle postou uma foto da mãe dela, Marinete, segurando um estandarte escrito “Marielle vive”. Marinete desfilou em um carro alegórico que homenageava mães cujos filhos foram vítimas da violência.
Marielle vive em nós! Que emoção ver minha mãe e tantas outras mulheres que também perderam seus filhos homenageadas por esse enredo da Portela, tendo suas lutas representadas na Sapucaí. Seguiremos daqui honrando sempre a memória e legado da Mari!
“Teu nome vive, teu povo é… pic.twitter.com/8Mti4eCDta
— Anielle Franco (@aniellefranco) February 13, 2024
“Marielle vive em nós! Que emoção ver minha mãe e tantas outras mulheres que também perderam seus filhos homenageadas por esse enredo da Portela, tendo suas lutas representadas na Sapucaí. Seguiremos daqui honrando sempre a memória e legado da Mari!”, escreveu a ministra.
O enredo da Portela neste ano foi “Um Defeito de Cor”. Segundo a agremiação, o enredo foi baseado no romance “Um Defeito de Cor”, da escritora Ana Maria Gonçalves. “O enredo traz uma outra perspectiva, refazendo os caminhos imaginados da história da mãe preta, Luiza Mahim”, diz a escola.
“Essa poderia ser a história da mãe de qualquer um de nós, ou melhor dizendo, é a história das negras mães de todos nós”, acrescenta a agremiação.
A Portela desfilou na Sapucaí na noite de segunda-feira (12). O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, também participou da apresentação e representou Luiz Gama, advogado e patrono da abolição da escravidão no Brasil.
Marielle foi morta a tiros em março de 2018 após sair de uma agenda política no Rio de Janeiro. O motorista dela, Anderson Gomes, também foi baleado e morreu.
Em depoimentos de negociação de delação premiada, o ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de assassinar Marielle e Anderson, entregou à Polícia Federal o nome de duas pessoas supostamente envolvidas no crime
Uma delas é Domingos Brazão, ex-deputado estadual e atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ). Segundo pessoas a par das investigações, Lessa apontou Brazão como mandante. Por meio de nota, Brazão afirmou que “esclarece não conhecer os personagens da trama delituosa. Esclarece, ainda, que jamais teve qualquer envolvimento com eles e tampouco relação com os fatos”.
(Publicado por Fábio Munhoz)
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