O ator Emiliano Queiroz morreu nesta sexta-feira (4), aos 88 anos, em decorrência de uma parada cardíaca.
Conhecido por trabalhos como “O Bem-Amado”, clássica novela da TV Globo, exibida em 1973, o artista estava internado há 10 dias na Clínica São Vicente da Gávea, no Rio de Janeiro, em função de ter colocado três stentes no coração.
Longe da vida artística, em que somava mais de sete décadas de carreira, Emiliano era casado há mais de 50 anos com a advogada e atriz Maria Letícia, 77. Juntos, eles tiveram 14 filhos. Além disso, Queiroz deixa oito netos e três bisnetos.
No livro “Emiliano Queiroz, Na Sobremesa da vida”, escrito por Letícia em 2006, e acessado pela CNN, o ator contou sobre como a conheceu. “Em 1971, quando conheci Letícia, ela fazia aulas com Klaus Vianna e estava ligada ao pessoal de ‘Hoje é dia de rock’”, começou ele.
“Ela tinha a mesma carinha de criança do baralho com franja, mas sem o uniforme de colegial. Aos vinte e quatro anos, era advogada, dava aula de Direito na Universidade Federal do Rio de Janeiro”, continuou.
“Foi uma atração imediata, fiquei encantado com ela. Na época, minha popularidade estava em alta e os fotógrafos seguiam a gente pela noite. Foi dando o que falar, e, em pouco tempo, casamos em Brasília, na fazenda dos seus pais, o ministro Gonçalves de Oliveira e Maria das Mercês, minha querida tia Noquinha. Era 28 de fevereiro de 1973. Lúcia Alves e José Augusto Branco foram meus padrinhos”, concluiu.
Já no prefácio da obra, Letícia explicou como foi o primeiro encontro com a sogra, Donana. “Quando Emiliano me levou para conhecer sua mãe, Donana me falou com seu humor cearense: ‘Já tinha apelado a Santo Antonio para Emiliano encontrar uma moça boa e que gostasse dele para casar, como você’. Disse a ela que eu também andei rezando para o santo, de modo que não chegava a ser um milagre de Santo Antonio, que só fez juntar os pedidos”.
Aos 94 anos, Fernanda Montenegro fala sobre morte de amigos: “Toda hora”