quinta-feira, novembro 21, 2024
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Embrapa planeja pesquisa sobre cultivo de cannabis medicinal

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) planeja um projeto de pesquisa sobre o cultivo de cannabis medicinal no Brasil. Em 2023, o setor movimentou cerca de R$ 700 milhões, segundo estimativa da consultoria Kaya Mind. A instituição estima que o mercado vai movimentar R$ 1 bilhão no próximo ano.

No entanto, esse segmento depende de importações, já que o cultivo da droga é autorizado a poucas associações de apoio aos pacientes que obtiveram decisões judiciais favoráveis ao uso medicinal do produto.

Estados gastam R$ 80 milhões em importações

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, ao menos 16 Estados que decidiram distribuir gratuitamente medicamentos produzidos com derivados da cannabis gastaram, em 2023, cerca de R$ 80 milhões em importações. O valor, contudo, tende a subir.

“Estamos em uma situação de quase completa dependência externa”, afirmou à Folha a pesquisadora Beatriz Emygdio, da Embrapa, que coordena um comitê formado para pesquisar o tema. “As pessoas podem usar, mas não pode haver o cultivo. Hoje, os mais de 430 mil usuários da cannabis medicinal dependem de produtos importados a custo altíssimo.”

Em julho, a Embrapa pediu à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorização para começar o plantio. Em outubro, apresentou à agência o plano de pesquisa, que envolve quatro etapas em um período de até 12 anos.

Projeto busca explorar aplicações industriais da cannabis medicinal 

O projeto busca explorar não apenas o uso medicinal da planta, mas também suas aplicações industriais. Com a pesquisa, a Embrapa está focada em estudar políticas públicas favoráveis ao cultivo de cannabis no Brasil.

Em julho, a Embrapa pediu à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorização para começar o plantio | Foto: Jcomp/Freepik
Em julho, a Embrapa pediu à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorização para começar o plantio | Foto: Jcomp/Freepik

Além disso, a empresa quer identificar as melhores regiões para plantio e contribuir para a criação de marcos legais e regulatórios que possam viabilizar o agronegócio da cannabis no país.

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Via Revista Oeste

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