domingo, julho 7, 2024
InícioPolíticaEm votação relâmpago, deputados aprovam regra que aflouxa licitações

Em votação relâmpago, deputados aprovam regra que aflouxa licitações

Era madrugada de quinta-feira (30), num feriado em Brasília, quando deputados federais aprovaram um pacote de medidas que afrouxa a lei de licitações e facilita o envio de recursos para prefeituras.

Numa votação relâmpago, 307 parlamentares foram favoráveis às propostas, 27 contrários e uma abstenção. Detalhe: a maioria votou a distância, pelo celular.

O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), não estava presente. No início da noite do dia anterior, ele chegou a dizer que encerraria a sessão. O que não ocorreu; a votação foi conduzida por integrantes da Mesa Diretora.

No total, foram aprovados quatro projetos. Um deles determina que as licitações acima de R$ 1,5 milhão devem ser feitas de forma fechada. Ou seja: as ofertas apresentadas durante o leilão não precisarão ser divulgadas. Só serão conhecidas na abertura dos lances.

Pelo texto, a regra valerá para obras de engenharia, assistência técnica e serviços de limpeza urbana. O modelo já é usado hoje. No entanto, pela proposta, passa a ser regra.

Essa modalidade de contratação favorece, por exemplo, a formação de cartéis — quando há combinação de preços e conluio para definição da empresa vencedora. Pelas regras atuais, os lances são sucessivos e todos os participantes vão conhecendo, em tempo real, o valor sugerido por cada concorrente.

Outro projeto aprovado permite o repasse antecipado de recursos a prefeituras antes da realização de obras feitas por meio de convênios com a União. O que deve facilitar o envio de verbas federais a redutos eleitorais em 2024, incluindo emendas parlamentares.

Na esteira deste tema, uma terceira proposta aprovada cria um regime simplificado para envio de recursos para municípios. Atualmente, o pagamento é feito em parcelas e depende do andamento da obra ou serviço. Pelo texto aprovado, o governo federal poderá enviar o dinheiro em parcela única.

Além disso, caso a obra custe menos do que o repasse enviado, a prefeitura não precisará devolver o restante. O valor excedente poderá ser usado para ampliar projetos.

O outro projeto permite que as prefeituras embarquem em licitações de qualquer município para comprar os mesmos produtos dos mesmos fornecedores sem abrir nova concorrência.

Via CNN

MAIS DO AUTOR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui