Há poucos dias, tratei aqui da questão da poluição sonora em Teresina que envolve grandes empresas de eventos e donos de pequenos bares e churrascarias nas chamadas áreas nobres e na periferia da cidade com shows e serestas que se arrastam da madrugada até o dia amanhecer, perturbando o sossego de quem mora na região.
Hoje, volto ao tema ao tomar conhecimento de que donos de bares, artistas e empresários teriam ido à Secretaria de Segurança Pública protestar contra a apreensão de instrumentos musicais e a prisão de artistas e donos de bares flagrados desrespeitando a Lei do Silêncio, aprovada pela Câmara Municipal, que limita a utilização de aparelhos de som em no máximo 50 decibéis, durante a noite.
Na oportunidade, o secretário Chico Lucas teria sugerido que os artistas e os donos de bares procurassem os vereadores para discutir com eles a questão, uma vez que é competência da Câmara Municipal definir normas e horários em que é permitido música ao vivo, de modo a prevenir a poluição sonora e resguardar o sossego público.
Tudo bem. O que não se entende é essa política de dois pesos e duas medidas adotadas pelas autoridades competentes no que diz respeito a essa questão da poluição sonora em Teresina.
Aos grandes empresários de eventos que realizam shows e carnaval fora de época nas principais avenidas da cidade, como a Marechal Castelo Branco e a Cajuína, além do espaço da Ponte Estaiada, tudo é permitido, para azar de quem mora nas proximidades e, muitas vezes, tem que aguentar o barulho até o dia amanhecer.
Esses grandões não recebem a visita da polícia e nem dos fiscais da prefeitura, embora cometam o mesmo crime cometido pelos donos de pequenos bares e churrascarias.
Com a palavra os senhores vereadores e o prefeito Dr. Pessoa!
A força do pider prevale meu amigo