sexta-feira, novembro 22, 2024
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Em sua defesa, Janones fala em ‘rachadinha espontânea’

O deputado federal André Janones (Avante-MG), alvo de um processo no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara por supostamente cobrar parte dos salários dos servidores de seu gabinete, negou as acusações de “rachadinha” e alegou que as contribuições dos servidores eram “espontâneas”.

Perante o Conselho, cujo processo tem relatoria do deputado Guilherme Boulos (Psol-SP), Janones afirmou que ninguém era obrigado a entregar o dinheiro. Ele também se declarou vítima de “perseguição política” e tentou associar as denúncias à família Bolsonaro.

Janones pediu o arquivamento da representação, argumentando que as gravações que indicam a prática de “rachadinha” foram feitas antes de início do seu mandato atual.

Além disso, ele questionou a veracidade da gravação feita em 2019, durante seu primeiro mandato na Câmara, por seu ex-assessor Cefas Luiz, e divulgada em novembro do ano passado pelo Metrópoles.

O acusado afirmou que não estava reunido com servidores, mas com um “grupo político”, e chamou as denúncias de “fake news”. O deputado também culpou a “extrema direita” pela propagação da reportagem com o conteúdo dos áudios.

Relembre os áudios

Em um dos áudios, Janones avisa que iria ficar com parte dos salários dos servidores para recompor seu patrimônio “dilapitado” depois das eleições de 2016, quando concorreu à Prefeitura de Ituiutaba, no interior de Minas Gerais.

Ao explicar que havia perdido R$ 675 mil na campanha, Janones disse que algumas pessoas iriam “receber um pouco de salário a mais” para ajudá-lo. “Eu acho justo que essas pessoas também participem comigo da reconstrução disso”, falou aos assessores na gravação. “Então, não considero isso uma corrupção”.

Em outro trecho, ele propôs a criação de uma “vaquinha” para levantar R$ 200 mil para sua próxima campanha eleitoral.

Outros processos

O processo na Comissão de Ética, que pode resultar na cassação do mandato do parlamentar, não é o único enfrentado por Janones. Ele também é alvo de um inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).



Via Revista Oeste

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