Pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) defendeu, nesta quinta-feira (22), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) da polêmica envolvendo Israel e condenou o que classificou como “massacre” na Faixa de Gaza.
“Minha posição, desde o primeiro momento, foi de condenação do massacre, do verdadeiro massacre desumano que está sendo conduzido na Faixa de Gaza”, afirmou a jornalistas após o primeiro ato de rua da pré-campanha ao lado de Marta Suplicy (PT), em Parelheiros. Marta será vice em sua chapa.
Boulos apontou uma suposta “seletividade moral” na repercussão da fala de Lula, que classificou as ações de Israel na guerra com o Hamas como genocídio, fazendo alusão à matança de judeus por Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial.
“Gente que agora sai condenando e atacando o Lula pela declaração que deu, inclusive o prefeito de São Paulo [Ricardo Nunes], e que eu não vi dizer um ‘piu’ quando caiu bomba sobre escola na Faixa de Gaza, quando caiu bomba sobre hospital na Faixa de Gaza”, disse.
Nunes busca a reeleição e será adversário de Boulos na disputa de outubro. A CNN tenta contato com o prefeito sobre a citação do deputado.
O pré-candidato acrescentou ainda que o primeiro-ministro de Israrel, Benjamin Netanyahu, não tem “nenhuma autoridade moral para apontar o dedo para o Brasil”. Boulos completou que, embora a questão não esteja diretamente ligada ao tema da cidade de São Paulo, seu posicionamento é claro.
“Condenei os ataques terroristas do Hamas, mas isso não significa, em nenhum momento, silenciar sobre esse absurdo desumano que está sendo conduzido na Faixa de Gaza que já levou a morte de 10 mil crianças”, disse Boulos.
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