Partidos da base de Ricardo Nunes (MDB), como União Brasil e Republicanos, começaram a cogitar o nome da ex-deputada estadual Janaína Paschoal como alternativa aos nomes já lançados. Janaína reuniria parte dos elementos desejados pela campanha do atual prefeito, como o fato de ser mulher e a ligação umbilical com o bolsonarismo raiz.
A advogada, no entanto, acabou se afastando do bolsonarismo durante a gestão de João Doria (PSDB-SP) como governador de São Paulo. Ainda assim, integrantes da base de Nunes ouvidos pela CNN entendem que ela pode repactuar a relação com a família Bolsonaro e se credenciar para a disputa com a benção do capitão.
A chegada do nome da Janaína na bolsa de apostas vem em meio ao congestionamento do palanque de Nunes, como mostrou a CNN. O último a lançar o próprio nome foi o presidente da Câmara dos Vereadores, Milton Leite. Pessoas próximas a ele, no entanto, afirmam que ele não será candidato: nem a vereador, nem a vice. Com o gesto, estaria garantindo o espaço do União Brasil em um eventual futuro governo.
Antes dele, o coronel Mello Araújo, ex-comandante da Rota – grupamento de elite da PM de São Paulo – já tinha tido o nome oficialmente sugerido pelo próprio Bolsonaro e o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto. O coronel, no entanto, enfrenta resistências do próprio PL paulista, que não vê como viável levar um coronel da Rota para fazer campanha em comunidades da periferia. Para o comando local do partido, o nome da delegada Raquel Galinatti casaria melhor com o perfil ideal.
O Republicanos também quer levar currículos para a mesa de Nunes, como mostrou a CNN. O nome de Celso Russomanno, que desistiu de disputar a prefeitura depois de três campanhas sem sucesso, é uma alterativa avaliada pelas lideranças locais. Por ser deputado federal, ele agregaria a chapa sem ter nada a perder.
Nunes tem dito que ainda é muito cedo para bater o martelo. A CNN apurou que a decisão deve ser embasada por pesquisas qualitativas mostrando a reação dos eleitores com cada um dos principais nomes.
Janaína Paschoal foi procurada pela CNN mas não retornou as ligações.
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