Recentemente, a Stellantis, dona de marcas como Fiat, Jeep, entre outras, reduziu as projeções de vendas e de lucro para este ano. Este já era um sinal claro do momento de crise vivido pela montadora de veículos.
Funcionários da empresa chegaram a ameaçar entrar em greve diante de possíveis cortes. E agora o que mais se temia foi oficializado. A companhia anunciou uma nova onda de demissões em uma fábrica dos Estados Unidos.
Sindicato criticou decisão da Stellantis
- Os cortes afetam aproximadamente 400 trabalhadores da unidade de logística de materiais de Freud Street, em Detroit.
- Os funcionários receberão um ano de benefícios suplementares de desemprego e pagamentos estaduais no valor de 74% de seus salários, juntamente com dois anos de cobertura de plano de saúde gratuita.
- Apesar disso, o sindicato que representa a categoria condenou a decisão da Stellantis, afirmando que as demissões são resultado de uma péssima gestão da empresa.
- A entidade ainda aponta que a montadora pagou mais de US$ 8 bilhões para acionistas neste ano, mas que alega não poder fazer novos investimentos e precisar cortar custos.
- A Stellantis não se pronunciou oficialmente sobre a manifestação do sindicato.
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Redução nas vendas e mudanças na diretoria
O anúncio das demissões acontece em meio à queda dos preços das ações, desaceleração das vendas e aumento dos estoques da empresa. O grupo chegou a anunciar uma série de mudanças na liderança da montadora em outubro.
O presidente-executivo Carlos Tavares se aposentará em 2026 e o então chefe da Jeep, Antonio Filosa, foi nomeado diretor de operações da América do Norte. Além disso, a diretora de operações Natalie King foi substituída pelo ex-diretor de operações da Stellantis China, Doug Ostermann.
Na América do Norte como um todo, a Stellentis vendeu 299 mil unidades durante o terceiro trimestre deste ano, o que representa uma queda de 36% em relação ao mesmo período do ano passado. Alguns modelos como o Jeep Grand Cherokee e o Dodge Durango estão com produção suspensa como forma de regular os altos estoques.
Além das demissões já realizadas, também há risco de que pelo menos mais 1.139 trabalhadores sejam dispensados da fábrica de Toledo, em Ohio.