terça-feira, outubro 1, 2024
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Em aceno ao MST, governo avalia ampliar plano de reforma agrária

Alvo de cobranças de líderes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), o governo federal avalia a possibilidade de anunciar, até março do ano que vem, novas metas para seu plano de reforma agrária.

Discute-se a possibilidade de ampliar o número de assentamentos, num esforço para amenizar os atritos expostos nos últimos dias por líderes do movimento.

Parte relevante da base histórica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o MST elevou a tensão ao protagonizar novas invasões de terras ainda nos primeiros meses do novo mandato. No início desta semana, o líder sem-terra João Pedro Stédile reacendeu a polêmica, ao divulgar um vídeo no qual afirma que 2023 foi “o pior ano de todos os 40 do MST” em número de famílias assentadas.

Recebida com incômodo pelo governo, a fala foi entendida como uma cobrança para que sejam dadas “garantias” de que a agenda sem-terra terá atenção em 2024.

À CNN, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou que espera superar no ano que vem o número de 7.200 famílias assentadas em 2023. Também nos últimos doze meses, o ministro afirma que foram regularizadas as condições de 40 mil famílias em assentamentos já existentes.

Apesar das queixas e das invasões protagonizadas pelo MST, o governo vem há meses evitando entrar em confronto com o movimento. O discurso adotado pelo Planalto costuma ser apaziguador, na esperança de evitar qualquer tipo de deterioração da base de apoio ao presidente. Nos bastidores, entretanto, o argumento do Planalto é de que qualquer esforço de retomada da reforma agrária esbarra em limitações orçamentárias e na agenda prioritária para reduzir o aperto fiscal.

Em agosto, após meses em que invasões de terras ganharam o noticiário, Lula chegou a anunciar um novo plano de reforma agrária. Na ocasião, o governo falava em assentar cerca de 5.700 famílias.

Para aumentar o número de assentamentos no ano que vem, o governo trabalha principalmente com a ideia de aproveitar terras que já pertencem ao Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) para realizar os assentamentos.

Via CNN

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