Os Emirados Árabes Unidos, que incluem Dubai, Abu Dhabi e Xarja, entre outras monarquias, têm o passaporte mais poderoso do mundo. A consultoria canadense Arton Capital, especializada em serviços financeiros para cidadania, fez a avaliação. O documento permite acesso a 180 países. Destes, 127 não exigem visto, o que coloca o passaporte do país à frente de qualquer outro no mundo. Entre os dez primeiros colocados do ranking, predominam países europeus.
O Brasil ocupa o 43º lugar no ranking geral e a 11ª posição em influência. Essa classificação reflete o empate técnico entre vários países em número de destinos acessíveis. O passaporte brasileiro dá acesso a 166 países. Em 109, não há exigência de visto. Outros 51 países oferecem visto na chegada.
Seis exigem autorização eletrônica prévia. Para 32 países, como os Estados Unidos, o visto deve ser obtido antes da viagem. Em média, 83% do mundo está acessível aos brasileiros sem grandes burocracias.
O desempenho do passaporte nacional tem melhorado. Em 2022, no período pós-pandemia, o Brasil ocupava a 45ª posição. Na época, 38 países impunham restrições ao passaporte brasileiro. Hoje, ele é o mais influente da América Latina. Nas Américas, apenas os documentos canadense e norte-americano estão à frente.
Como funciona a avaliação do ranking?
A Arton Capital utiliza a “pontuação total de mobilidade”. Essa métrica considera os países que aceitam o passaporte sem visto, com visto na chegada ou mediante autorização eletrônica. O visto tradicional, exigido antes da viagem, não influencia a pontuação.
O passaporte dos Emirados Árabes lidera o ranking, com acesso a 180 destinos. Desses, 127 aceitam apenas o passaporte. Outros 47 exigem visto na chegada. Seis pedem autorização eletrônica. Mais 18 países ainda requerem visto tradicional.
Passaportes dos EUA e do Reino Unido perderam força
Os passaportes dos Estados Unidos e Reino Unido perderam força nos últimos anos. O documento norte-americano caiu do 27º lugar, em 2023, para o 38º, em 2024. O britânico, que estava no top 10 em 2017, agora aparece na 32ª posição.
O ranking da Arton Capital é diferente de outros, como o da consultoria Henley & Partners. Este utiliza dados da Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo). Segundo a Henley, Singapura lidera há várias edições, com acesso a 195 países.
Top 10 de passaportes mais influentes pela Arton Capital
1º: Emirados Árabes Unidos (180 países)
2º: Espanha (179 países)
3º: Finlândia, França, Alemanha, entre outros (178 países)
4º: Suécia, Polônia e Hungria (177 países)
5º: República Tcheca e Coreia do Sul, entre outros (176 países)
6º: Japão, Eslovênia, Letônia, Nova Zelândia e Liechtenstein (175 países)
7º: Singapura, Malta, Reino Unido, Canadá, Lituânia, Romênia, Bulgária e Austrália (174 países)
8º: EUA e Islândia (173 países)
9º: Chipre (172 países)
10º: Malásia e Mônaco (171 países)
Os passaportes menos influentes
Os últimos lugares incluem passaportes como o do Afeganistão, com acesso a 41 países, e o da Síria, com 40 países. Esses números refletem as dificuldades enfrentadas pelos cidadãos dessas nações em viagens internacionais.