O mundo acordou com a seguinte mensagem de Elon Musk, dono do Twitter/X, para Alexandre de Moraes: “Por que você está impondo tanta censura?”. A resposta foi o silêncio do juiz e os berros de milhões de pessoas em todo o Brasil clamando por liberdade. Horas depois, Musk foi além e declarou que iria suspender todas as restrições e censuras impostas, sem temor de nenhuma consequência. A maior rede social de informação do mundo escancara para o planeta que o Brasil vive uma ditadura do Judiciário. A situação de conflito passa agora a ser inarredável. Moraes irá bloquear o Twitter/X, a maior rede social de informação no mundo? O mundo então saberá dos inúmeros abusos que estão ocorrendo no Brasil, sob silêncio da grande mídia e anuência e omissão de inúmeros atores públicos, de advogados a políticos a jornalistas. Todos com medo, pavor de Alexandre de Moraes e juízes supremos.
As declarações de Elon Musk foram em consequência direta do Twitter Files, que a rede abriu e escancarou as conversas e ordens absurdas do Judiciário Supremo brasileiro contra a privacidade e liberdade de expressão no Brasil. O novo escândalo sobre abusos do Judiciário na verdade é antigo. O novo escândalo sobre manipulação em algoritmos de redes sociais que prejudicam a direita brasileira é velho. Na verdade, o que é novo é o que todo mundo já intuía: houve ação direta de membros do Judiciário que interferiram na liberdade de expressão de usuários de redes sociais, sobretudo nas eleições de 2022, que elegeram Lula por uma margem de menos de 1% dos votos.
O Twitter Files começou há a algum tempo quando Elon Musk comprou o Twitter/X e abriu a caixa preta de manipulação de informações da rede, em que governos pediam informações e manipulações do noticiário, sobretudo em pleitos eleitorais, contra a direita em diversas partes do mundo. Agora vem à tona os arquivos brasileiros de ingerência do Judiciário na perseguição a pessoas de direita no Twitter/X. As informações são estarrecedoras. A Justiça Eleitoral, na disputa eleitoral de 22, pediu informações sigilosas sobre congressistas, jornalistas, cidadão por simplesmente expressarem opiniões sobre o trabalho do STF. Pessoas que lançaram hashtags, do tipo #votoimpressoja, ou #forabarroso foram investigadas. Diálogos em privado foram abertos. Postagens foram removidas. Perfis inteiros foram removidos. Isso já sabíamos. Mas o que veio à tona é que tudo isso foi feito a mando da Justiça Eleitoral, em plena eleição, que traduz simplesmente que a Justiça Eleitoral teve um lado certo durante as eleições. Perfis ligados à direita foram suspensos por crime de opinião, enquanto a esquerda nadou de braçada durante a eleição presidencial de 2022. Se a Justiça Eleitoral, que deveria zelar pelo equilíbrio de forças nas eleições, interferiu nas ejeções, a injustiça prevaleceu durante a eleição de 2022.
A coisa vem antes de 2022, na verdade. As redes sociais surgiram como a manifestação livre da população no Brasil e no mundo. Pela primeira vez, o conceito real de democracia se fez valer. Um cidadão não mais precisava de ventríloquo da mídia, da política, da universidade para falar para ele. Sobretudo os veículos de comunicação de massa perderam audiência, relevância. Novos canais independentes de comunicação surgiram e deram voz a quem nunca teve. Uma nova configuração geopolítica nasceu oriunda das redes sociais. Pessoas com Trump, nos Estados Unidos; Orban, na Hungria; e Bolsonaro, no Brasil, venceram as eleições. Uma massa conservadora no Brasil, e no mundo, se fez ouvir contra uma espécie de ditadura subliminar de uma opinião única progressista, que enfiava goela abaixo sua opinião reverberada goela abaixo de bilhões de pessoas no mundo.
Alexandre de Moraes vai censurar Elon Musk?
É obvio que o establishment que comandava a comunicação de massa mundial não gostou. Aqui no Brasil, por exemplo, os próprios CEOs de redes sociais não gostaram. Quase todos de linhagem progressista, obedeciam, sem necessidade de ordem judiciai, ordens da polícia para obter informações sigilosas sobre simpatizantes ou membros do governo Bolsonaro, antes, durante, e depois das eleições. Não haveria sequer necessidade de uma censura oficial. As redes sempre fizeram, voluntariamente ou a pedido sutil, sua própria autocensura, censurando ou reduzindo alcance de quem não pensasse dentro da caixinha de ideias e ideais pseudoprogressistas. Mas a Justiça Suprema não se conteve. Foi além ao remover permanentemente páginas inteiras, posts, tirou contas bancárias de usuários, mandou desmonetizar canais, todos de direita, todos indicados a apoio a Bolsonaro, fora e dentro das eleições, numa manifestação clara de preferência a um candidato em detrimento de outro. O candidato desta Justiça, coincidentemente ou não, retirado da cadeia pelo próprio Supremo, venceu as eleições. Mas saiu perdendo a real democracia, saiu perdendo a liberdade de expressão.
Eu tive meu perfil censurado por três meses quando disse que a Justiça Eleitoral era parcial e que havia censura e perseguição no pais. Assim como outros jornalistas, políticos, influenciadores, cidadãos, fomos censurados por criticarmos a injustiça. Hoje resta comprovada de maneira cabal a interferência direta da Suprema Corte na erosão da democracia e brasileira. Elon Musk diz agora a mesma coisa que eu disse: o Brasil é um país censurado. Alexandre de Moraes vai censurá-lo também? Moraes irá censurar o mundo que ouse dizer a verdade? Todos se calarão novamente diante da opressão da suprema injustiça no Brasil?