Em “Volta Por Cima”, a Viação Formosa é a empresa que movimenta grande parte da história. Enquanto Edson Bacelar (Ailton Graça) é o dono da companhia de ônibus, personagens como Fabrício Boliveira, Adanilo, Iara Jamra, são funcionários.
Na vida real, o transporte público fez e segue fazendo parte da vida de alguns dos atores presentes no elenco da nova novela das 7. Durante a coletiva de imprensa, que contou com a presença da CNN, os artistas falaram sobre a ligação que possuem com o coletivo.
Intérprete de Ana Lúcia na trama, Iara Jamra disse ter celebrado ao conquistar a gratuidade nos transportes públicos. “Quando fiz meus 60 anos, eu fui no ônibus porque era de graça. Eu fui comemorar”, afirmou.
“Sou uma pessoa que anda muito de metrô, mas andei de ônibus minha vida toda”, ainda complementou a atriz, relembrando que, em sua época, o transporte fazia parte do cotidiano dos estudantes.
Assim como a artista, Fabrício Boliveira, responsável por Jão na história, também utilizou muito o coletivo para ir ao colégio — algo que rendeu a ele uma fama.
“Eu era conhecido como o dorminhoco. As pessoas tinham que me acordar para eu descer no meu ponto, ou da ida da escola, ou da volta para casa. Já dormi no colo das pessoas, no ombro, na janela…”, se divertiu ao lembrar.
Já Tereza Seiblitz, intérprete de Doralice, garantiu que recorre ao ônibus sempre que pode. “Eu já andei muito de ônibus, ainda ando. Acho que na vida da gente, ainda mais do ator, tem momentos que você não pode andar, você não consegue entrar, se você está na novela das 9, vai para o trânsito”.
“Eu sou a pessoa que senta no ônibus e vou conversando, carrega a bolsa [dos outros], fico em pé ou troco de lugar. Sempre percebo quem está pior do que eu”, completou a atriz, garantindo que faz questão de se levantar do assento quando vê alguém mais necessitado.
Tatiana, irmã de Madalena (Jéssica Ellen) na novela, Bia Santana andou tanto de ônibus pelo Rio de Janeiro, que se emocionou ao reconhecer, durante as gravações, o mesmo trajeto que fazia para estudar.
“Estudei a vida inteira em Marechal Hermes e fiz o meu ensino médio e pré-vestibular em Madureira. Fui gravar uma cena em que a gente fez exatamente o mesmo trajeto que eu fazia. Eu sofria de 779 Madureira-Pavuna”, relatou a jovem.
Já Mari Aldeia, atriz que vive Vanilda, demonstrou preferência pelo ônibus, mesmo que o transporte tenha pontos negativos. “Eu não tenho muito o pensamento de ter carro. Acho que a praticidade é o lado bom do transporte público. Obviamente que ressalta mais, infelizmente, os momentos tensos que a gente passa dentro dele”.
Se descrevendo como uma grande usuária do BRT — ônibus que contam com corredores exclusivos no Rio de Janeiro —, Aldeia afirmou que, ao mesmo tempo que pessoas podem ser expostas a perigos, como assédios, os transportes proporcionam o contato diário com diferentes pessoas.
“Volta Por Cima”: conheça a história da próxima novela das 19h