domingo, maio 25, 2025
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Edson Fachin já se prepara para assumir a presidência do STF

A presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) muda apenas em setembro, mas a transição já ocorre nos bastidores, informou o jornal O Globo, neste domingo, 25.

O ministro Edson Fachin acerta os detalhes das mudanças com a equipe de Luís Roberto Barroso. Começa aí o roteiro previsível da Corte: muda-se a cadeira, não a linha.

Presidência de Edson Fachin

Fachin não faz discursos em tom de campanha, não frequenta os holofotes, mas sabe o peso do cargo que vai assumir.

Em 2026, comandará o STF durante as eleições. E, como mostrou em 2022, quando presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), não hesita em agir quando o assunto envolve disputa de poder.

Dobradinha repetida com Moraes

Foi ele quem puxou a fila contra o voto impresso, tema caro ao campo político da direita. Também foi ele quem lançou as primeiras ações contra supostas fake news. Em ambas as frentes, teve como braço direito o ministro Alexandre de Moraes — que será seu vice no STF, repetindo a dobradinha da Corte Eleitoral.

Ritual de sempre

A presidência do STF é decidida por voto secreto, mas segue a regra tácita de antiguidade. Cabe ao mais antigo, ainda não contemplado, assumir. E a turma do STF cumpre esse ritual sem hesitação.

Nova equipe, velha engrenagem

Fachin já nomeou seus operadores: Desdêmona Arruda, futura diretora-geral, e Roberto Dalledone, secretário-geral. Ambos já trabalham na transição.

Tudo com a participação do gabinete de Barroso, que participa das reuniões com a naturalidade de quem ainda dita o ritmo.

A troca de comando traz um efeito direto: Fachin deixará a relatoria da Lava-Jato, que passará às mãos de Barroso. Não haverá mudança de rumo. Os dois pertencem à ala legalista do STF, oposta ao grupo garantista. A condução da operação — ou do que restou dela — continuará na mesma trilha.

Ainda há processos pendentes na Segunda Turma, inclusive delações da Odebrecht e J&F. São casos contaminados por decisões de anulação e manobras processuais. Em 2024, Dias Toffoli apagou todos os atos contra Marcelo Odebrecht. O gesto provocou uma avalanche de pedidos semelhantes.

Via Revista Oeste

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