O presidente afastado da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, recorreu ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para tentar permanecer no comando da entidade.
De acordo com o jornal O Globo, Ednaldo ligou para Lula durante uma viagem oficial do presidente à Rússia. No contato, o dirigente baiano pediu apoio direto do petista para se manter à frente da CBF.
Lula, no entanto, não demonstrou interesse em ajudar. Ignorou o apelo, o que esvaziou a articulação de Ednaldo. Sem respaldo do governo federal, a tentativa perdeu força.
Na quinta-feira 15, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) determinou o afastamento imediato de Ednaldo. A decisão partiu do desembargador Gabriel Zefiro. Além da remoção do presidente, a Justiça nomeou um interventor e convocou novas eleições para a diretoria da confederação.
A queda de Ednaldo começou com a revelação de uma fraude. A assinatura do vice-presidente da CBF, Coronel Nunes, apareceu em um documento que validava o acordo responsável por manter Ednaldo no cargo. A Justiça, porém, identificou que a assinatura era falsa.
Esse acordo, firmado por cinco dirigentes da CBF, havia encerrado uma ação judicial que contestava o processo eleitoral que levou Ednaldo à presidência. Com isso, o dirigente abriu caminho para se reeleger no mês de março.
Sem apoio político e com a legitimidade questionada, Rodrigues perdeu o cargo e viu a CBF entrar em processo de intervenção
A falsificação tornou o acordo inválido. Diante disso, a Justiça reabriu o caso e anulou os efeitos do documento. A decisão comprometeu a permanência de Ednaldo na presidência. Sem apoio político e com a legitimidade questionada, ele perdeu o cargo e viu a CBF entrar em processo de intervenção.