Edmundo González Urrutia, candidato da oposição na Venezuela, está escondido depois de se tornar alvo de uma ordem de prisão. A Justiça venezuelana emitiu o mandado contra o político nesta segunda-feira, 2. González ignorou três intimações para depor.
José Vicente Haro, advogado de González, afirmou à rádio colombiana La W Radio que seu cliente “tem que ir de casa em casa para resguardar sua vida”.
O governo brasileiro nega que González esteja na Embaixada do Brasil. As opções em países latino-americanos são limitadas, pois a Venezuela rompeu relações com muitos vizinhos depois das eleições.
Analistas e jornalistas venezuelanos especulam que González possa estar escondido em uma embaixada europeia. A situação política no país continua a se deteriorar sob a liderança de Nicolás Maduro.
Segundo a oposição, González venceu as eleições com mais de 60% dos votos. A oposição tem cópias das atas e as publicou on-line. A ditadura de Maduro, no entanto, descreve esses documentos como falsificados.
A Justiça da Venezuela acusa González de usurpação de funções, falsificação de documentos públicos, incitação à desobediência às leis, conspiração e outros crimes. O promotor Luis Ernesto Dueñez emitiu a ordem de prisão.
Brasil defende negociação na Venezuela
Autoridades brasileiras consideram que a ordem de prisão contra González “fecha a janela de oportunidade para uma negociação” entre a ditadura de Maduro e a oposição. Um pronunciamento do Brasil é esperado ainda nesta terça-feira, 3.
Segundo o jornal O Globo, o comunicado do Brasil deverá focar na sinalização política negativa da prisão de um candidato presidencial.