Durante a abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, a cantora Céline Dion se apresentou debaixo da Torre Eiffel entoando a canção “Hymne A L’Amour” (Hino ao Amor, em português), um clássico da francesa Édith Piaf. A apresentação fez com que as buscas por Piaf crescessem no Google, segundo dados do Google Trends.
No gráfico, que mostra as buscas pelo nome da cantora francesa ao longo dos últimos cinco anos, é possível ver dois picos. Um deles, entre março e abril de 2021, provavelmente se refere a um episódio no qual o ex-juiz Sergio Moro citou a música “Non, Je Ne Regrette Rien” (Não, Eu Não Me Arrependo de Nada, em português) ao falar sobre a Operação Lava Jato.
O outro pico, o maior dentro deste período, marca o dia da cerimônia de abertura da Olimpíada de Paris.
Os números do Google Trends representam o interesse de pesquisa relativo ao ponto mais alto no gráfico de uma determinada região em um dado período.
Um valor de 100 representa o pico de popularidade de um termo. Um valor de 50 significa que o termo teve metade da popularidade apresentada no pico. Uma pontuação de 0 significa que não havia dados suficientes sobre o termo.
Conheça a vida e obra de Édith Piaf
Édith Piaf é uma das principais vozes da França e, apesar da vida marcada por tragédias e problemas de saúde, foi a responsável por popularizar verdadeiros hinos da música francesa, como “La Vie En Rose” (A Vida em Cor-de-Rosa, em português), “La Foule” (A Multidão, em português), além das já citadas “Non, Je Ne Regrette Rien” e “Hymne A L’Amour”.
A cantora nasceu no fim de 1915, em Paris, na França, e antes de se tornar famosa como Édith Piaf, era Edith Giovanna Gassion.
As dificuldades de sua infância começaram cedo, os pais eram artistas e abandonaram a criança para ser criada por uma das avós, dona de um bordel.
Aos três anos de idade, Piaf ficou cega por conta de complicações relacionadas a meningite. Ela recuperou a visão de maneira espontânea apenas quatro anos depois.
Já adolescente, ela passou a viajar ao lado do pai, um artista de circo, cantando pelas ruas de Paris, até ser descoberta pelo dono de um cabaré, que ofereceu a ela seu primeiro emprego como cantora profissional. Foi ele quem apelidou Édith de “la môme piaf” (pequeno pardal, em português), que viria a se tornar o nome artístico Édith Piaf.
Ela morreu aos 47 anos, em 1963, por um suposto câncer de fígado, após sofrer com problemas de saúde relacionados ao abuso de álcool e drogas.
Desde então, já foi regravada por centenas de artistas e segue como uma das vozes mais marcantes e relevantes da França.