Em abril, haverá um eclipse solar total – um dos eventos astronômicos mais espetaculares que existem. Na ocasião, o fenômeno poderá ser visto ao longo de uma faixa que abrange três estados do México, 15 dos EUA e quatro do Canadá, de acordo com a NASA.
Sobre o eclipse solar:
- Um eclipse solar ocorre quando a Lua passa entre a Terra e o Sol lançando uma sombra sobre determinada área do planeta e bloqueando total ou parcialmente a luz solar;
- Existem três tipos mais conhecidos desse fenômeno: parcial, anular e total;
- Há ainda um quarto padrão, mais raro, que praticamente mistura todos eles: o eclipse solar híbrido (como o que aconteceu em abril do ano passado);
- No dia 8 de abril, acontecerá um eclipse solar total, visível da América do Norte.
Na imagem abaixo, vemos o chamado caminho da totalidade, onde a sombra umbral interna da Lua se moverá pela América do Norte. O trecho tem 185 km de extensão por 13 mil km de comprimento, nascendo e morrendo em áreas oceânicas. Conforme se pode observar, a porcentagem de visualização parcial do eclipse vai reduzindo conforme as faixas se distanciam.
Esses observadores sortudos posicionados nas áreas privilegiadas podem ver ainda mais do que estão esperando. De acordo com o site IFLScience, à medida que o céu escurece durante os minutos da totalidade, um intruso pode aparecer.
O objeto surpresa em questão chama-se 12P/Pons-Brooks, um cometa descoberto em julho de 1812 por Jean-Louis Pons. Mais tarde, ele foi redescoberto em 1883 por William Robert Brooks, que não percebeu tratar-se do mesmo cometa. Esse corpo celeste gira em torno do Sol a cada 71 anos, e em 2024 ele se aproxima mais uma vez do astro.
O periélio, o ponto mais próximo da nossa estrela em sua órbita, vai acontecer em 21 de abril. Nas semanas próximas a esse dia, o cometa estará brilhante o suficiente para ser visível a olho nu após o pôr do Sol, e na luminosidade adequada para ser observável durante o eclipse.
Ao longo dos cerca de quatro minutos de duração da escuridão provocada pelo evento, a oeste do Sol estará Vênus, com Mercúrio e Júpiter a leste. Entre os dois planetas, os observadores serão capazes de ver o cometa 12P/Pons-Brooks, que está atualmente no limite de visibilidade a olho nu. Com mais algumas semanas de aproximação ao Sol, ele pode ter tempo suficiente para começar a se exibir um pouco mais.