domingo, outubro 6, 2024
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‘É senador mesmo fora do cargo’

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou o ex-senador Romero Jucá (MDB-RR), em um evento do governo em Brasília. A cena ocorreu nesta quarta-feira, 10.

“O Romero Jucá é tão esperto que ele é sempre senador, mesmo quando não está exercendo o cargo”, afirmou Lula.

Logo depois, em seu perfil no Twitter/X, o jornalista Samuel Pancher, do portal Metrópoles, publicou uma montagem que mostra a fala de Lula seguida de um diálogo de 2016, entre Jucá e o ex-senador emedebista Sérgio Machado.

Na conversa, reproduzida naquele ano pelo jornal Folha de S.Paulo, Machado, que presidiu a Transpetro, subsidiária da Petrobras, fala com Jucá sobre formas de “delimitar” a Lava Jato.

De acordo com o áudio, Romero Jucá sugeriu na conversa com Machado que uma “mudança” no governo federal resultaria em um pacto para “estancar a sangria” representada pela Operação Lava Jato. Jucá foi um dos principais articuladores do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Machado: Rapaz, a solução mais fácil era botar o Michel Temer. É um acordo, botar o Michel, num grande acordo nacional.

Jucá: Com Supremo, com tudo.

Machado: Com tudo, aí parava tudo.

Jucá: É, delimitava onde está, pronto.

Romero Jucá foi alvo de operação da PF

Em 2022, Romero Jucá se tornou alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU). A Operação Imhotep apurou um suposto esquema de desvios em convênios da União em cidades de Roraima. Jucá, na década de 1990, foi governador do Estado.

Segundo a PF, foram identificadas irregularidades em contratos que somam R$ 500 milhões. Na época, a corporação cumpriu 22 mandados de busca e apreensão.

romero jucá
Ainda, em 2022, Romero Jucá se tornou alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) | Foto: Fábio Pozzebom/Agência Brasil

As supostas fraudes ocorreram em convênios fechados entre 2012 e 2017, quando Jucá era líder do governo.

Conforme informou a PF, o ex-senador destinava emendas parlamentares aos municípios de Roraima, e as prefeituras das cidades contratavam empresas ligadas a ele para executar as obras. As firmas pagavam um valor a Jucá em troca de contratos fechados.

As investigações também mostraram houve um desembolso de R$ 15 milhões em propinas ao político e a outros funcionários públicos. “Três empresas de engenharia pagariam propinas, que seriam distribuídas a servidores públicos que auxiliariam na prática dos crimes e a um ex-senador que teria participação no esquema”, comunicou o órgão.

Via Revista Oeste

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