quarta-feira, dezembro 4, 2024
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E-bikes viram problema em bairros de Londres; entenda motivo

Nós, do Olhar Digital, somos entusiastas de novas tecnologias. E eu, particularmente, sou um grande fã das bicicletas elétricas. Vejo as e-bikes como alternativas sustentáveis e acessíveis para as cidades (principalmente as menores). São mais baratas do que os carros elétricos e ainda ajudam a promover a saúde das pessoas.

Agora, como tudo na vida, até mesmo as coisas boas podem ter defeitos – e apresentar problemas. Principalmente quando falta infraestrutura e compromisso das pessoas. O jornal britânico The Guardian traz relato assustador sobre como esses veículos se tornaram um problema no distrito de Kensington, em Londres (Inglaterra).

Kensington é uma espécie de bairro nobre e movimentado. É lá onde fica a Harrods, a mais famosa loja de departamento da capital inglesa. Uma área bastante agradável. Pelo menos era, segundo alguns moradores.

Nos últimos anos, houve aumento acentuado no número de e-bikes na cidade, com empresas, como Lime e Forest aumentando sua presença nas ruas. O problema é que muitas pessoas alugam as bicicletas e as largam em qualquer lugar. Ou por desleixo, ou por falta de vagas nos “estacionamentos” próprios das marcas. O resultado são ruas lotadas de bikes, muitas delas obstruindo o caminho de carros e pedestres.

Você pode ver o Big Ben e o Rio Tâmisa na capital britânica, mas, também, bicicletas elétricas jogadas pelo chão em alguns bairros (Imagem: TTstudio – Shutterstock)

E-bikes: governo entra em cena

  • Esse cenário de caos gerou uma série de protestos por parte de moradores da região;
  • Eles cobram as empresas e o poder público a tomarem uma atitude;
  • Afirmam que os veículos estão atrapalhando a livre circulação, principalmente de pessoas com deficiência;
  • Os apelos surtiram efeito;
  • Na semana passada, a Transport for London, órgão ligado ao governo local, anunciou que as empresas de bicicletas elétricas seriam multadas quando suas bikes bloqueassem ruas e espaços fora das estações de metrô;
  • Essas companhias até enviam vans para aliviar o congestionamento e recolher os veículos largados;
  • De acordo com os moradores, porém, a rua volta a encher com as e-bikes em poucos minutos;
  • Muitas das pessoas que deixam os veículos em qualquer lugar são turistas;
  • E isso causa certa dificuldade em punir os “infratores”;
  • Além de Kensington, há relatos de problemas parecidos em outros distritos, como em Brent;
  • O conselho de Brent, aliás, foi mais duro e ameaçou remover as e-bikes do bairro por causa do abandono e do estacionamento precário;
  • Diante disso, a Lime reduziu o número de bicicletas nas ruas e prometeu remover todas as unidades errantes dentro de duas horas após serem avisados.
Imagem mostra um homem e uma mulher andando em uma bicicleta elétrica sem pedais
Lime chegou a trazer seus patinetes para o Brasil, mas a operação durou poucos meses (Imagem: Divulgação/Lime)

O que dizem as empresas

Um porta-voz da Lime disse ao The Guardian que lamenta o transtorno na vida dos moradores de Kensington e prometeu trabalhar em uma solução.

O representante também cobrou as autoridades. Segundo ele, cabe ao conselho local determinar a criação de novos pontos e mais vagas de estacionamento para esses veículos elétricos.

“Estamos trabalhando para resolver esse problema em Kensington, aplicando estacionamento obrigatório, melhorando nosso tempo de resposta a quaisquer problemas levantados”, disseram eles, em nota.

A Forest, por sua vez, prometeu punir os clientes que não respeitarem as regras: “Usuários que fizerem mau uso das e-bikes Forest ou as deixarem fora das baias serão avisados, multados e, por fim, poderão ser banidos do acesso ao serviço”, informou a companhia.

Via Olhar Digital

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