A “Sessão da Tarde” exibe, nesta segunda-feira (22), o live-action de “Dumbo” (2019), animação da Disney originalmente lançada em 1941.
Lançado em 2019 e dirigido por Tim Burton, o filme se passa em 1919, acompanhando Holt Farrier (Colin Farrell), um ex-artista de circo que vê seu mundo virar de cabeça para baixo após retornar da Primeira Guerra Mundial.
Ao perder seu antigo posto no circo, ele se vê encarregado de cuidar de uma elefanta que está prestes a dar à luz. Assim que o filhote nasce, o tamanho de suas orelhas faz com que ele seja desprezado. Somente Holt se dispõe a cuidar de Dumbo e a incentivá-lo a voar.
Conheça a história real que inspirou “Dumbo”
Embora adaptado em uma história “infantil” da Disney, o elefante “Dumbo”, que na realidade foi “Jumbo”, viveu uma história triste, marcada por exploração e violência.
Segundo informações da BBC, o elefante foi capturado na África e levado para um zoológico em Londres, no Reino Unido, em 1865. Na época, com dois anos e meio de idade, o animal já era considerado gigante. A mesma espécie no país da Europa era consideravelmente menor.
Assim que chegou ao zoológico, recebeu os cuidados de Matthew Scott, quem virou seu principal cuidador e a pessoa de quem Jumbo não desgrudava – e a única que também conseguia o acalmar.
Ao longo dos anos, Jumbo virou uma grande atração do local. Crianças montavam em suas costas com a maior facilidade e o animal aparentava ser dócil. No entanto, depois que tudo acabava, ele se tornava violento e chegava a destruir todo o lugar em que ficasse. Apenas Matthew Scott conseguia acalmar o animal com a solução que acreditou ser viável: dar whisky para o animal.
Mais tarde, como relataram pesquisadores à BBC, descobriu-se que o comportamento violento vinha dos maus tratos pelos quais sofria o animal, principalmente em relação à sua dieta, que acabava comprometendo sua arcada dentária, gerando muitas dores no animal.
Richard Thomas, arqueólogo da Universidade de Leicester (Reino Unido), disse que o animal “enlouquecia sem remédio”. Também foi descoberto, através de seu esqueleto, que o animal apresentava grandes lesões no corpo, que “deviam ser incrivelmente dolorosas e poderiam ter sido ocasionadas pelo grande peso que Jumbo carregava passeando com os grupos de visitantes”, ressaltou o pesquisador.
“Jumbo” morreu tragicamente em 1885, atropelado por um trem. Até hoje não se sabe se a morte se deu pelo animal ter tentado salvar outro dos trilhos do trem, ou se ele morreu ao tentar ser enfiado em um dos vagões.