Duas testemunhas confirmaram que Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, teria ingerido bebida alcoólica antes de causar o acidente fatal com um Porsche na zona leste da capital paulista Os depoimentos ocorreram em audiência no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), em 28 de junho.
As confirmações partiram do casal de amigos de Fernando, Marcus Vinícius Machado Rocha e Juliana de Toledo de Simões, ambos de 22 anos. Os dois estavam presentes no momento do acidente que matou o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos.
“Alguns drinks” antes de dirigir o Porsche
Eles confirmaram que Fernando havia ingerido “alguns drinks” no restaurante onde jantaram antes do acidente fatal. A comanda do local mostrou que os quatro amigos consumiram R$ 600 em drinks.
Durante audiência de instrução, as testemunhas fizeram a confirmação do uso da bebida ao juiz Roberto Zanichelli Cintra.
O episódio ocorreu na madrugada de 31 de março, Domingo de Páscoa, no bairro do Tatuapé, zona leste de São Paulo.
Fernando dirigia um Porsche 911 Carrera GTS, avaliado em R$ 1,2 milhão, a 156,4 km/h em uma via onde o limite é de 50 km/h. O Porsche colidiu com um Renault Sandero e resultou na morte de Ornaldo.
Acusações no caso do Porsche
Fernando está sob acusação de homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima. A audiência de instrução, que é uma etapa crucial do processo penal, ocorreu na 1ª Vara do Júri do Fórum da Barra Funda.
Ele é representado por um grupo de advogados que alegam a inclusão de novos documentos ao processo, o que levou ao adiamento de seu interrogatório.
Suspeita de fuga do local do acidente
Promotores do Ministério Público, Monique Campos Ratton Ferreira e Soraia Bicudo Simões, sugeriram que Daniela Cristina de Medeiros Andrade, mãe de Fernando, retirou o filho do local do acidente sob o falso pretexto de levá-lo ao hospital.
A ação de Daniela evitaria a prisão em flagrante de Fernando.
A defesa do réu inclui o testemunho de sua namorada, Giovanna Pinheiro Silva, de 23 anos, que afirmou que ele não bebeu no dia da colisão.
“Temos um combinado: se ele beber, não bebo, então dirijo o carro”, disse Giovanna, em juízo. “Se eu quiser beber, ele quem pega o carro e não bebe. Nesse dia, ele não bebeu porque estava dirigindo.”
Situação atual de Fernando
Atualmente, o réu está preso na Penitenciária 2 de Tremembé, na cela 10 do Pavilhão 1.
Fernando assistiu aos depoimentos por videoconferência sem demonstrar emoção. O caso gerou grande comoção, entre as testemunhas e os familiares envolvidos.