Pesquisadores do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, na Suíça, criaram um drone diferentão com asas articuladas que consegue pousar “abraçando” postes, troncos de árvores e outras estruturas verticais para evitar a queda após eventuais colisões.
Entenda:
- Pesquisadores suíços criaram um drone com asas articuladas que consegue “abraçar” e prender-se a estruturas verticais;
- As asas do PercHug permanecem estendidas durante o voo, mas, após eventuais colisões, um fio de tensão é liberado para torná-las flexíveis;
- O dispositivo também conta com anzóis de pesca para uma maior adesão, e, até o momento, obteve sucesso em 73% dos testes de pouso;
- Dispensando a necessidade de mecanismos adicionais de pouso, o PercHug pesa 550g e maior potencial de carga útil;
- Além de aumentar a taxa de sucesso do drone, os pesquisadores também buscam uma forma de fazer com que ele volte a voar após se soltar das superfícies;
- Um artigo foi publicado na revista Nature.
Chamado de PercHug, o drone possui asas articuladas que permanecem rígidas e estendidas durante o voo, e se tornam flexíveis quando um fio de tensão é liberado. Como explicam os criadores em um artigo na revista Nature, o dispositivo foi inspirado no comportamento de animais como morcegos e corujas, que podem usar suas asas para voar e subir ou pousar em árvores.
Pesquisadores buscam aumentar taxa de sucesso do drone
Após uma colisão, o drone consegue se reorientar verticalmente e liberar o fio de tensão para que as asas articuladas se enrolem e se prendam ao redor de uma estrutura. O dispositivo conta com anzóis de pesca para maior aderência, e obteve sucesso em 73% das tentativas de pouso em testes realizados pela equipe.
Graças à capacidade de pousar “abraçando” estruturas, o drone dispensa a necessidade de outros mecanismos de pouso e consegue ser mais leve, pesando 550g e, com isso, expandindo seu potencial de carga útil. “O método abre novas possibilidades para o uso de robôs aéreos em aplicações como inspeção, manutenção e conservação da biodiversidade”, escreve a equipe no artigo.
Agora, além de aumentar a taxa de sucesso do drone para implantar equipamentos mais caros – como sensores e câmeras -, os pesquisadores também querem expandir a capacidade do dispositivo com equipamentos eletrônicos e superfícies de controle, e encontrar uma forma de fazer com que ele se solte das estruturas e volte a voar.