No comando da Seleção Brasileira desde janeiro deste ano, Dorival Jr. assumiu a Amarelinha em um momento de crise. Em sexto lugar nas Eliminatórias, a equipe vinha de resultados ruins e quebra de tabus negativos.
Além disso, o Brasil vive um jejum de títulos: a última taça levantada foi a da Copa América de 2019. Desde 2014 sem chegar sequer a uma semifinal de Copa do Mundo, o momento da Seleção se assemelha ao da Argentina antes da Copa do Mundo do Catar.
“Dá para tirar uma lição importante [da Argentina]. […] A Argentina teve todos esses ingredientes, mas teve acima de tudo o respeito de todos os segmentos envolvidos dentro do seu país com a sua seleção. Por isso que eu espero que nós mantenhamos essa postura, procuremos as correções, procuremos melhorarmos bastante, que não estejamos satisfeitos em momento nenhum. Nós precisamos sim, dar uma resposta ao nosso torcedor, queremos a confiança desse torcedor, acreditamos que possamos fazer coisas muito boas aí na frente”, disse o técnico.
“Talvez possamos vir a ser também uma case de sucesso, como foi a Argentina há alguns anos”, completou.
Outro ponto em comum entre a Argentina de 2022 e o Brasil de 2026, ou seja, da próxima Copa, é a idade de seus camisas 10. Na Copa do Catar, Lionel Messi tinha 35 anos e, apesar de ser um jogador inquestionável nas competições de clube, ainda precisava se provar pela Seleção Argentina, o que acabou acontecendo com o título mundial.
Em 2026, Neymar terá 34 anos. O camisa 10 da Seleção Brasileira é muito questionado, principalmente depois das seguidas lesões. Para Dorival, a possibilidade de disputar uma última Copa pode sim ser um combustível a mais, como foi para Messi.
“Olha, eu acho que o próprio Messi num determinado momento acabou sentindo e percebendo que seria uma última atuação dele como protagonista numa competição em que ele talvez tenha se preparado muito. É isso que eu espero que aconteça, que a nossa equipe possa se preparar para que possamos receber o Neymar na sua melhor condição”, explicou.
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