De calculadoras a caixas eletrônicos, o jogo Doom já rodou em (provavelmente) todos os dispositivos eletrônicos que você pode imaginar. Mas Lauren “Ren” Ramlan, estudante de doutorado em biotecnologia do MIT, levou a brincadeira a outro nível: ela rodou Doom em bactérias. Ou melhor, numa tela feita delas.
Para quem tem pressa:
- Lauren “Ren” Ramlan, estudante de doutorado em biotecnologia do MIT, conseguiu rodar o jogo Doom numa tela composta por bactérias E. coli;
- A tela biológica, com resolução de 32×14, utiliza bactérias E. coli modificadas com proteínas para emitir luz fluorescente, por meio da qual reproduz as imagens do jogo;
- O processo de “acender” e “desligar” as bactérias E. coli para reproduzir o jogo é demorado – leva cerca de 70 minutos para iniciar a emissão de luz e mais de oito horas para retornar ao estado inicial;
- Completar Doom na tela de bactérias E. coli levaria vidas: 599 anos. Já em plataformas tradicionais, tomaria cinco horas do seu tempo.
A estudante criou uma tela com bactérias E. coli (Escherichia coli) – sim, aquela cujo lar é nosso intestino – com resolução de 32×14 (a da sua TV, por exemplo, deve de 1920×1080 para mais). E, nesta telinha, Lauren reproduziu Doom.
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Doom em bactérias
Telas precisam de luz para reproduzir conteúdo. No caso da tela com bactérias E. coli, elas “acendem” graças a um tipo fluorescente de proteína. Ou seja, é esse tipo de proteína que gera luz por meio da qual a estudante reproduziu Doom na telinha de bactérias.
No entanto, a reprodução do jogo numa, digamos, plataforma tão inusitada é um processo longo. As bactérias em questão levam 70 minutos (uma hora e dez minutos) para começarem a “acender”. E oito horas e 20 minutos para retornarem ao seu estado inicial (leia-se: desligar).
Além disso, completar a campanha de Doom demoraria vidas na telinha. Literalmente. Isso porque, segundo Lauren, demoraria 599 anos para concluir o jogo na tela de E. coli. Para efeito de comparação: numa plataforma “normal” (computador ou console relativamente moderno de videogame, por exemplo), a campanha toma cinco horas do seu tempo.
O post ‘Doom’ roda até em seres vivos, mostra pesquisadora apareceu primeiro em Olhar Digital.