John Textor, dono da SAF do Botafogo, declarou guerra ao Palmeiras. Depois de insinuar sobre benefícios para o clube paulista, dessa vez o norte-americano garantiu que tem provas pesadas e concretas sobre os auxílios.
Segundo Textor, o Alviverde foi beneficiado nas últimas duas edições da Série A do Campeonato Brasileiro. Em ambas o Palmeiras foi campeão e no ano passado disputou com o Botafogo a taça diretamente.
“Ano passado foi turbulento. Não vou deixar o que aconteceu ano passado ir desmarcado. Estamos em uma nova temporada. Temos provas pesadas, 100% confirmadas de que o Palmeiras vem sendo beneficiado por pelo menos duas temporadas. Desculpe se isso vai criar barulho, mas tenho provas. Estou aqui para defender a honra do meu clube. É uma luta. Posso prometer a vocês que ninguém vai mexer nas nossas partidas deste ano”, afirmou ao Canal do Medeiros.
Assim como em outras ocasiões, Textor não apresentou provas concretas sobre o que está acusando a equipe paulista. O Palmeiras, por sua vez, já informou anteriormente que vai entrar com uma ação contra o norte-americano.
“A Sociedade Esportiva Palmeiras informa que tomará todas as medidas legais cabíveis – nas esferas civil, criminal e esportiva – contra o dono da SAF do Botafogo, John Textor, para que ele responda pelas declarações irresponsáveis e levianas que, recorrentemente, têm envolvido o nome do atual bicampeão brasileiro”, diz parte da publicação do Palmeiras feita no último dia 11.
Entenda o caso
Após a vitória sobre o RB Bragantino no dia 6 de março, no Rio de Janeiro, pela terceira fase da Copa Libertadores, John Textor afirmou ter gravações de árbitros reclamando do não recebimento de propina. Até o momento, ele não apresentou as supostas provas.
Ele foi denunciado pela procuradoria-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O norte-americano teria que apresentar provas de manipulação de resultados, mas não as fez.
O mandatário da Eagle Football foi denunciado no artigo 223 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. O julgamento será feito pelo pleno, ainda sem data.
Para não apresentar as provas, Textor alegou que era ilegal pedir essas provas e por isso preferiu não enviá-las. O inquérito foi aberto dois dias depois da entrevista e o dono da SAF do Botafogo tinha três dias para apresentá-las.
Por outro lado, o entendimento do Tribunal é que as instâncias esportiva e criminal não são excludentes, mas complementares. Sendo assim, tem a prerrogativa de investigar o caso, porque é ele quem aplica punições esportivas em caso de condenação.