O dólar fechou esta terça-feira, 29, cotado a R$ 5,76 — o valor é o maior em três anos e está exatamente R$ 1 acima dos R$ 4,76 do dia da aprovação do arcabouço fiscal pelo Senado, em 21 de junho de 2023.
Na ocasião, a Casa liderada por Rodrigo Pacheco (PSD) fez ajustes no projeto e o devolveu à Câmara dos Deputados, que aprovou o texto. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a norma no fim de agosto de 2023, quando o dólar rondava os R$ 4,90.
Desde então, o governo Lula parece não se esforçar para cumprir as metas fiscais deste ano. Inclusive, chegou a alterá-las a partir de 2025.
O arcabouço fiscal criou regras de crescimento de despesa, mas a ideia é que os superávits pudessem, de certa forma, promover um adiantamento da estabilização da dívida pública. No entanto, fatores internos e externos têm contribuído para a valorização do dólar no Brasil.
Alta do dólar também reflete dúvidas sobre medidas da Fazenda
Além disso, a alta da moeda também reflete incertezas sobre a revisão de gastos prometida pela equipe econômica, liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A falta de uma data ou estimativa para o corte de despesas contribuiu para a recente valorização da moeda norte-americana.
A cotação do dólar atingiu o maior nível desde 2021 nesta terça-feira, influenciada também pelo cenário externo. Economistas revelam que as eleições norte-americanas, marcadas para o dia 5 de novembro, são uma fonte de preocupação para economias emergentes, como o Brasil.