O dólar subiu de novo. Nesta segunda-feira, 2, a moeda norte-americana bateu recorde pela quarta vez consecutiva e encerrou o dia cotado a R$ 6,06.
A moeda começou a se valorizar frente ao real diante do pacote de cortes de gastos do governo federal.
Na quarta-feira 27, o mercado aguardava de forma apreensiva o pacote a ser anunciado naquela noite pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Assim, fechou a data com cotação de R$ 5,93 — crescimento de 2,21% em relação aos R$ 5,80 do dia anterior.
Para o mercado, o temor da véspera fez sentido. O anúncio feito por Haddad decepcionou. Sem dar detalhes, em vez de enfatizar cortes de gastos por parte do Estado, ele prometeu ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda, além de levar adiante a ideia de taxar os chamados “super-ricos”.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou a isenção do imposto de renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês. Ele fez um pronunciamento oficial à nação na noite desta quarta-feira, 27.
“Honrando os compromissos assumidos pelo presidente Lula, com a aprovação da… pic.twitter.com/yfDTnjiREZ
— Revista Oeste (@revistaoeste) November 27, 2024
Assim, o dólar emendou o segundo recorde seguido frente ao real. Na quinta-feira 28, encerrou o dia sendo comercializado a R$ 5,98.
A semana chegou ao fim com nova alta da moeda norte-americana. A saber, a cotação na sexta-feira 29 ficou em R$ 6,02. Com o dólar acima dos R$ 6 pela primeira vez na história, opositores criticaram a política econômica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além disso, internautas aproveitaram o momento para inundar as redes sociais de memes.
Dólar em alta. Ibovespa em baixa
O mercado de ações também tem recepcionado de forma negativa o pacote de cortes de gastos anunciado por Haddad. Nesta segunda-feira, por exemplo, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, ficou em baixa. Fechou o dia com 125.235,54 pontos — recuo de 0,34% na comparação com o fechamento da última sexta-feira.