O dólar abriu em alta histórica nesta quarta-feira, 6, com reação dos investidores à vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. Às 10h40, a moeda americana chegou a ser cotada em R$ 6,10, alta de 6,29%.
O atual recorde de fechamento do dólar ante o real foi alcançado na pandemia, quando a divisa atingiu R$ 5,90 em 13 de maio de 2020, período que marcava o início da crise sanitária.
A vitória oficial do republicano foi anunciada por volta das 7h30, quando Trump atingiu a marca de 276 dos 538 votos do Colégio Eleitoral. Com a apuração ainda em curso, ele liderava em todos os Estados-pêndulo.
Já o Bitcoin ultrapassou US$ 75 mil — o maior valor já registrado desde o início da criptomoeda. A divisa ultrapassou a alta histórica anterior de US$ 74 mil na noite de terça-feira, 4.
A Dogecoin disparou até 25% na quarta-feira em relação ao nível de fechamento de terça-feira, embora esses ganhos tenham sido reduzidos para 16%. A criptomoeda subiu quase 31% desde o início da semana.
Além de eleição, dólar sobe em meio a incertezas fiscais e decisões sobre juros
No Brasil, o mercado aguarda o anúncio de um pacote de medidas fiscais que pode ocorrer nesta semana. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com sua equipe econômica para discutir essas propostas.
Na terça-feira, o Ministério da Casa Civil adiantou uma reunião para discutir as medidas, o que aumentou o otimismo no mercado local.
Além disso, decisões sobre taxas de juros são esperadas tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. A reunião do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), adiada para quarta e quinta-feira devido às eleições, deve manter o ciclo de redução de juros, depois de um corte recente.
A expectativa para a política monetária dos EUA indica 97% de chance de um corte de 0,25 ponto percentual, enquanto no Brasil espera-se que o Copom acelere o ritmo de aumento dos juros a 11,25%.