Dois suspeitos de planejar o sequestro do senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) foram mortos nesta segunda-feira, 17, na penitenciária de Presidente Venceslau, em São Paulo. As informações foram confirmadas pelo jornal CNN.
Os corpos de Janeferson Aparecido Mariano, conhecido como Nefo, e Reginaldo Oliveira Souza, apelidado de Rê, foram encontrados no banheiro e no pátio do presídio, respectivamente. Eles eram réus na Operação Sequaz, que investiga o plano de sequestro de Moro e outras autoridades.
As mortes dos acusados de integrar o sequestro de Sergio Moro ocorreram por volta das 12h30, pouco depois da liberação dos presos para o banho de sol. Janeferson foi levado por três detentos ao banheiro, onde foi morto a facadas.
Já Reginaldo foi rendido por outros detentos e morto no próprio pátio —onde ocorre o banho de sol. Depois dos homicídios, os autores se identificaram e se entregaram à direção do presídio.
Justiça denuncia envolvidos na tentativa de sequestro de Sergio Moro
A 9ª Vara Federal de Curitiba acolheu a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) e transformou 13 acusados em réus por participação no plano de sequestro do senador Sergio Moro (União Brasil-PR). A juíza Sandra Regina Soares assinou a decisão no último dia 17.
Agora, os réus vão responder pelos crimes de tentativa de extorsão mediante sequestro, organização criminosa, posse ilegal de arma de fogo com numeração suprimida e posse ilegal de arma de fogo de uso permitido.
O MPF baseou a denúncia em informações coletadas pela Operação Sequaz, deflagrada em 22 de março pela Polícia Federal para combater a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A operação também serviu para desmantelar um plano que pretendia atacar autoridades, entre elas o ex-juiz da Lava Jato.
Na decisão, a juíza afirma que, segundo as investigações, os crimes estão relacionados às medidas adotadas por Moro durante seu período como ministro. Entre o período como magistrado e como parlamentar, ele foi o titular da pasta de Justiça e Segurança Pública do governo Jair Bolsonaro.
“Conforme apurado na presente investigação, os motivos do crime estão relacionados às medidas adotadas por Sergio Moro enquanto ministro da Justiça, mais precisamente a transferência de lideranças da facção criminosa Primeiro Comando da Capital para presídios federais de segurança máxima, bem como a proibição de visitas íntimas nesses presídios, para evitar a transmissão de ordens da alta hierarquia”, afirma Sandra Regina, em trecho da decisão.