Dois pedidos de uma só vez! O Observatório Heller & Jung, em Taquara (RS), registrou na madrugada deste sábado (09) a queda de dois meteoros que cruzaram os céus da cidade de Torres simultaneamente. Um pouco depois, um meteoro fireball (bola de fogo), de magnitude -7, iluminou a noite de Encruzilhada do Sul. Haja sorte para tanta estrela cadente!
Veja os dois momentos:
A magnitude de um meteoro é a medida do brilho dele. Quanto menor o número, mais brilhante é a rocha espacial.
De acordo com o professor Carlos Fernando Jung, responsável pela instituição, essas passagens antecipam a chuva de meteoros Geminídeas.
Estas quedas duplas ocorrem quando existe ativa uma grande chuva de meteoros. É raro se registrar um meteoro fireball de magnitude elevada e quedas duplas na mesma madrugada.
O que é um meteoro bola de fogo?
Asteroides, meteoroides e cometas orbitam o Sol em uma velocidade altíssima. Algo entre 40 mil e 266 mil quilômetros por hora. Quando atingem a atmosfera da Terra nessa velocidade, mesmo fragmentos tão pequenos quanto um grão de areia são capazes de aquecer instantaneamente os gases atmosféricos, gerando um fenômeno luminoso, que é o que os astrônomos chamam de meteoro.
Assim, os meteoros nada mais são do que esses eventos luminosos. Meteoro não é sólido, não é líquido nem gasoso, é apenas luz. Popularmente, também é chamado de “estrela cadente”.
De maneira geral, quanto maior o objeto, mais luminoso será o meteoro. E quando sua luminosidade supera o brilho de Vênus, o meteoro é comumente chamado de fireball — ou bola de fogo.
Algumas vezes, dependendo também da velocidade e do ângulo de entrada, o meteoroide ou asteroide é grande o suficiente para atingir as camadas mais densas da atmosfera. Nesses casos, além de formar uma bola de fogo mais espetacular, o meteoro geralmente termina com um evento explosivo.
Geminídeas
Um dos eventos astronômicos mais aguardados do ano, a chuva de meteoros Geminídeas é a última de 2023. Ela atinge seu pico entre os dias 13 e 14. Essas duas noites representam as melhores oportunidades para ver incríveis “estrelas cadentes”, que, nesse caso em específico, são bem brilhantes e podem ser até coloridas. Saiba mais sobre o calendário astronômico clicando aqui.
A Geminídeas foi assunto na coluna Olhar Espacial, que o astrônomo Marcelo Zurita tem no programa Olhar Digital News.
Todos os anos, durante o mês de dezembro, somos presenteados por um enigmático personagem chamado Phaethon. Este “Papai Noel sideral” nos traz a Geminídeas, uma das mais intensas chuvas anuais de meteoros, que além de nos encantar com a beleza de seus rastros luminosos, intriga os astrônomos que se dedicam ao estudo de sua origem. Ao contrário das outras chuvas de meteoros, a Geminídeas não é gerada por um cometa. O Phaethon é, na verdade, um asteroide. E, assim como o Papai Noel, é cercado de mistérios que desafiam a ciência que estuda esses astros.
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