Há dois anos, em 31 de outubro de 2022, um dia depois da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno das eleições presidenciais, um grupo de jornalistas decidiu provar empiricamente como o mercado estava satisfeito com o resultado das urnas.
Foi assim que surgiu o chamado “kit Lula”, três empresas listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), de varejo e de viagens, que viram suas ações subirem no pregão no dia seguinte à eleição.
O “kit Lula” incluía ações da rede de supermercados Açaí (ASSAI3), que tiveram alta de 4,94% na época, das Lojas Renner (LREN3), aumento de 6,41%, e da CVC (CVCB3), crescimento de 7,80% em 2022.
Segundo uma jornalista da CNN Brasil, as altas seriam o melhor sinal de que as promessas eleitorais de Lula estariam “se materializando em dinheiro”. Ela chegou a comemorar ao vivo o fato de que “o pobre vai voltar a comer picanha”, “se vestir bem” e viajar.
Ações do ‘kit Lula’ foram entre as que mais caíram
Dois anos depois, contudo, as ações do “kit Lula” amargaram uma perda de até 62% do seu valor, em comparação com outubro de 2022.
No acumulado dos últimos 24 meses, as ações do Assaí despencaram mais de 62%, os papéis da Lojas Renner perderam cerca de 37% do valor e os títulos da CVC derreteram mais de 68%.
Mesmo que o Ibovespa tenha se valorizado cerca de 10% nos últimos dois anos, as ações do “kit Lula” estão entre as que mais caíram desde a eleição de 2022.
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