quarta-feira, fevereiro 5, 2025
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Ditadura na Nicarágua proíbe mais 10 ONGs e exila monjas

O governo ditatorial da Nicarágua proibiu cerca de dez organizações não governamentais (ONGs) beneficentes e religiosas de realizarem trabalhos humanitários. Com essas, o número total de dissoluções, desde dezembro de 2018 no país centro-americano, sobe para mais de 5,6 mil — em clara perseguição religiosa.

Ainda, segundo notificou o Vatican News, portal de notícias oficiais da Santa Sé, mais de 30 monjas da Ordem de Santa Clara, conhecidas como “clarissas”, foram retiradas de mosteiros na noite de 28 para 29 de janeiro. Não há informações sobre o destino dessas religiosas.

Essas ONGs são críticas ao regime de Daniel Ortega. O ditador está no poder há cinco mandatos, desde janeiro de 2007, e várias congregações religiosas de irmãs foram parcial ou totalmente expulsas pelo governo de Manágua.

Nicarágua: governo que persegue pensa em futuro

Ainda na mesma semana, na última quinta-feira, 30, uma série de reformas constitucionais ampliaram os poderes de Ortega e sua mulher, a primeira-dama e vice-presidente da Nicarágua, Rosario Murillo. Sem a oposição, a votação teatral permitiu a co-presidência entre os nomes citados.

Para além, as reformas aumentaram a influência do governo sobre a mídia, estenderam o mandato para seis anos e permitiram a múltipla vice-presidência. 

Perseguição religiosa é observada com atenção

Para a Organização das Nações Unidas, medidas “aprofundam os retrocessos nas liberdades civis e políticas”. Já a Confederação Religiosa da América Latina chamou o episódio de “perseguição” e “exílio”. “Clamamos por respeito à vida e à liberdade de religiosos.”

Uma religiosa nicaraguense, falando ao portal Global Sisters Report sob condição de anonimato em agosto de 2024, disse que é difícil para os religiosos falarem sobre o que aconteceu, mesmo depois de terem partido, porque eles se preocupam com a retaliação do governo contra aqueles que ficaram para trás.

Via Revista Oeste

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