A seis dias das eleições presidenciais na Venezuela, a ditadura de Nicolás Maduro censurou diversos sites de notícias independentes, conforme informado pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa (SNTP).
Além disso, o regime bolivariano impôs restrições às principais operadoras de internet do país, tanto estatais quanto privadas.
Os sites censurados pela ditadura de Maduro foram:
- Tal Cual;
- El Estímulo;
- Runrunes;
- Analítico;
- Mediaanálisis e;
- VE Sin Filtro, braço da ONG Conexión Segura y Libre.
Segundo a ONG, o bloqueio começou por volta das 13h de Brasília, na segunda-feira 22. De acordo com a imprensa da Venezuela, a ordem partiu da Comissão Nacional de Telecomunicações (Conatel).
Maduro também censurou sites de verificadores de notícias
A ditadura venezuelana também censurou sites verificadores de notícias falsas. Entre eles estão:
- Espaja.com;
- Cazadores de Fake News; e
- Observatorio Venezolano de Fake News.
Os dois primeiros foram bloqueados no início da campanha eleitoral. Com as novas restrições, o número de meios de comunicação bloqueados pelas operadoras venezuelanas ultrapassa 60, conforme o VE Sin Filtro.
Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado no início de julho alertou para o aumento dos bloqueios no país, com pelo menos 50 portais afetados na ocasião.
Volker Turk, chefe de direitos humanos da ONU, disse que as autoridades venezuelanas devem “suspender as restrições ao espaço cívico, protegê-lo e garantir processos eleitorais totalmente transparentes”.
Ditadura venezuelana intensifica ações contra a oposição
Maduro tem intensificado suas ações contra a oposição, à medida que as eleições presidenciais do próximo domingo, 28, se aproximam.
O principal adversário do ditador é o diplomata Edmundo González. Ele assumiu o posto depois de a principal figura da oposição, María Corina Machado, ser impedida de concorrer. Depois disso, Corina Yoris tentou concorrer, mas também foi impedida de disputar a eleição pelo regime bolivariano.
A Plataforma Unitaria Democrática, à qual pertencem Edmundo González e María Corina Machado, criticou os bloqueios em mensagem no Twitter/X. “Seguir censurando meios é uma medida de quem se sabe perdido e que busca restringir o acesso à informação diante do 28 de julho, mas os venezuelanos, a esta altura, já têm claro seu voto.”