A Procuradoria-Geral da Venezuela, que é alinhada à ditadura de Nicolás Maduro, determinou, nesta segunda-feira, 2, a prisão de Edmundo González. Ex-diplomata, ele é um dos líderes da oposição e foi candidato à Presidência do país sul-americano.
O oposicionista derrotou Nicolás Maduro nas eleições presidenciais do dia 28 de julho, segundo as atas das mesas de votação.
Segundo o documento emitido pela Procuradoria-Geral da Venezuela, Gonzáles teria cometido crimes de “usurpação de funções”, “falsificação de documentos públicos”, “instigação à desobediência das leis”, “conspiração” e “sabotagem e danos a sistemas informáticos”.
O Ministério Público da Venezuela atribui esses crimes a González porque o site Resultados com VZLA, que pertence à coligação oposicionista Plataforma Democrática Unitária (PUD), publicou algumas atas das eleições que mostravam a derrota de Maduro com ampla margem.
Ameaça de prisão contra opositor
Edmundo González não compareceu na última sexta-feira, 30, à terceira intimação para depor em frente ao Ministério Público venezuelano. Por isso, ele estava correndo o risco de ser alvo de um mandado de prisão.
González gravou uma mensagem de vídeo publicada no Twitter/X anunciando não compareceria frente ao Ministério Público. De acordo com ele, o órgão não estaria dando um tratamento justo, mas sim “pré-qualificando crimes não cometidos”.
Depois de mais de um mês das eleições na Venezuela, as atas das urnas não foram publicadas. Mesmo assim, o Conselho Nacional Eleitoral, controlado pelo chavismo, proclamou o ditador Maduro como vencedor.