A ditadura da Venezuela libertou no sábado 31 cerca de 40 adolescentes detidos durante os protestos contra as fraudes eleitorais no país. Agora, segundo a ONG Foro Penal, o total de adolescentes libertados subiu para 56.
Segundo a ONG, as libertações, sob “medidas cautelares”, ocorreram nos Estados de Mérida, de Táchira, de Lara, de Portuguesa, de Yaracuy, de Bolívar e do Amazonas.
Essas novas libertações se somam às 16 ocorridas na última quinta-feira, 29, que exigem apresentação em Tribunal a cada oito dias.
A ditadura prendeu 114 adolescentes na Venezuela
De acordo com o Foro Penal, a ditadura prendeu 114 adolescentes na Venezuela, acusados de terrorismo ou traição à pátria durante os protestos.
O regime não comentou as prisões dos adolescentes, mas confirmou um total de 2,4 mil detenções, das quais 1,5 mil são consideradas “prisões políticas” pelo Foro Penal, que continua recebendo novas denúncias.
A líder opositora María Corina Machado afirmou que as prisões dos adolescentes são “brutais”. “Crianças de 13 anos, de 14, as levaram a presídios onde estão presos comuns”, descreveu.
O ditador Nicolás Maduro direcionou dois presídios de segurança máxima, Tocuyito e Tocorón, para a reclusão dos detidos. Esses lugares foram controlados por gangues até serem retomados pelas forças de segurança em 2023.
Irregularidades nas prisões
Na semana passada, cerca de 700 detidos foram transferidos para esses presídios, de acordo com a ONG Observatório Venezuelano de Prisões, que denunciou “irregularidades” nas transferências.
Além disso, os protestos resultaram em 27 mortos e 192 feridos. Na quarta-feira 28, o Foro Penal informou que a Venezuela tem o maior número de “presos políticos” em quase 25 anos, com 1,7 mil detentos. Em 28 de julho, eram 199 presos políticos.