O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, disse, nesta quarta-feira, 31, que a líder da oposição, María Corina Machado, e o substituto da ex-deputada, Edmundo González, deveriam pegar 30 anos de cadeia, por contestarem o resultado da eleição e supostamente comandarem protestos violentos.
“Onde você está, senhora Machado?”, interpelou Maduro, durante uma coletiva de imprensa em Caracas. “Por que não mostra a cara, depois de tanta indignação e violência? González, o senhor é responsável por isso e muito mais. Há militares mortos. Assuma a responsabilidade. Como eu disse ontem, covarde, a impunidade acaba aqui.”
Presidente do Legislativo da Venezuela fala em prisão de María Corina
Na tarde de ontem, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, pediu a prisão de María Corina e González, substituto da oposicionista, por suposta tentativa de golpe de Estado e por interpelarem o resultado da eleição.
“O Ministério Público tem que atuar não somente contra os delinquentes que estão nas ruas, mas também deve mirar os chefes, que têm de ir presos”, disse, durante uma sessão no Parlamento. “E, quando digo chefes, refiro-me a María Corina Machado e Edmundo González Urrutia, porque ele é chefe da conspiração fascista que querem impor na Venezuela.”
Ainda conforme Rodríguez, “com o fascismo não se pode ter contemplações, com o fascismo não se dialoga”. “Ao fascismo não se dão benefícios processuais”, disse. “Ao fascismo não se perdoa, quando se perdoa quase acaba com o planeta, quase acaba com a humanidade.”