O ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, e a primeira-dama e vice-presidente do país, Rosario Murillo, enviaram na segunda-feira 22 uma carta a Nicolás Maduro na qual projetam uma “grande vitória” do chavista na eleição presidencial da Venezuela, que será realizada neste domingo, 28.
No texto, Ortega e Rosario demonstraram certeza na “grande vitória que [os chavistas] certamente alcançarão – nós alcançaremos, novamente, no próximo dia 28 de julho”.
O ditador e a primeira-dama destacaram que a eleição vai acontecer no dia do aniversário de Hugo Chávez, a quem chamaram de “eterno comandante”. “Chávez vive”, dizia um trecho do documento.
“É e será, não temos dúvidas, uma data abençoada pelos grandes espíritos dos nossos professores, heróis e guias, que convergem para Chávez e protegem os sonhos supremos de Bolívar, [José] Martí, [Augusto] Sandino, Fidel [Castro], sonhos sendo realizados, de liberdade, dignidade, fraternidade, solidariedade e justiça”, escreveram.
“Todo o nosso amor da nossa profunda fraternidade, compartilhando os desafios e as provas que os imperialistas da Terra nos impõem, e que os nossos povos soberanos, valentes e honrados seguem vencendo, e certamente continuaremos vencendo, porque a nossa causa vive e vence, porque é a causa da justiça e é a causa do amor”, acrescentaram.
Ditador que elogiou Maduro está no poder desde 2007
Ortega, aliado de Maduro, está no poder na Nicarágua desde 2007 e em 2021 conquistou seu quinto mandato presidencial, numa eleição na qual os principais nomes da oposição foram impedidos de participar e sem observação internacional independente.
Nas eleições venezuelanas, Maduro terá como principal adversário o oposicionista Edmundo González, que restou como candidato da Plataforma Unitária Democrática (PUD), maior bloco contrário ao chavismo.