Após a Venezuela aprovar referendo com medidas que sinalizam um possível movimento de anexação da região de Essequibo, uma área que representa grande parte do território da Guiana, o Exército brasileiro decidiu enviar tropas para a região.
Com um conflito entre os dois países à vista, 16 veículos blindados do Exército brasileiro estão sendo deslocados a partir dos estados do Paraná, do Rio Grande do Sul e de Mato Grosso. A operação é complexa e deve durar cerca de 20 dias. Os blindados já saíram desses estados e seguem para Belém (PA).
Da capital paraense, serão transportados em balsas pelo rio Amazonas até Manaus (AM). Depois retomam a viagem por terra até Boa Vista (RR). Segundo o Exército, os veículos só serão deslocados para a cidade de Pacaraima (RR) — 215 quilômetros distante, na fronteira com a Venezuela — em caso de um real aumento de tensão entre Venezuela e a Guiana.
Esses veículos vão se juntar à frota que já está em Roraima na 1º Brigada de Infantaria de Selva. Com a chegada dos 16 blindados, a região fica com um total de 28 veículos. De acordo com fontes militares, este número ainda pode aumentar dependo do grau de animosidade na região.
Na semana passada, a CNN adiantou que o Exército elevou de 70 para 130 o número de militares no trabalho de patrulha e fiscalização na região de Pacaraima. E esse contingente também pode ser ampliado a depender da situação.
O governo brasileiro, porém, segue destacando que todos os esforços são por uma “solução pacífica” com o Brasil mantendo diálogos em alto nível com ambos os países envolvidos na disputa. Entretanto, fontes do Exército afirmam que os preparativos são necessários para evitar surpresas.
Em nota, o Exército afirmou que “vem mantendo, através de seu Sistema de Inteligência e de alertas, constante monitoramento e prontidão de seus efetivos para garantir a inviolabilidade das fronteiras. Nesse contexto, foi antecipado um reforço de tropas e meios de emprego militar nas cidades de Pacaraima e Boa Vista, além disso a
1ªBrigada de Infantaria de Selva, em Roraima, com seu efetivo de quase dois mil militares intensificou sua ação de presença naquela faixa de fronteira visando atender, em melhores condições, à missão de vigilância e proteção do território nacional.”
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