domingo, julho 7, 2024
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Dise desmantela laboratório de ‘maconha dos playboys’

Em 4 de junho, a Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) desmantelou um laboratório em Carapicuíba (SP) que produzia uma versão mais potente de maconha. A droga, conhecida como “maconha dos playboys”, é derivada do haxixe e tem sido vendida por até R$ 500 por cigarro.

De acordo com o portal UOL, distribuição ocorre via aplicativos e grupos restritos de WhatsApp, com entregas por motoboys. Seu consumo é comum em festas privadas em bairros nobres de São Paulo, como Itaim Bibi, Alphaville e Barueri. É adquirida por pessoas de alto poder aquisitivo, como médicos, advogados e filhos de empresários.

Na ação, a Dise prendeu um homem de 37 anos, armado, e outros dois suspeitos ao longo das investigações, que começaram há dois meses. Eles são acusados de tráfico de drogas, associação para o tráfico e associação criminosa. Com eles foram encontradas porções da maconha dos playboys.

“Esses traficantes se especializaram na fabricação em laboratório com componentes químicos de uma maconha mais potente, voltada para um público elitizado”, disse Estevão Castro, delegado responsável pela investigação, ao UOL. “É uma droga gourmetizada e vem até com essência de sabor. Ela não é vendida em biqueira, só em grupos restritos de WhatsApp e em aplicativos.”

Maconha dos playboys tem alta concentração de THC

Esse tipo de maconha tem uma alta concentração de THC, a substância psicoativa da cannabis, que resulta em efeitos mais intensos e prolongados.

Embora a produção não ocorra em larga escala, estima-se que o laboratório tinha uma quantidade de droga avaliada em até R$ 50 mil.

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“Os efeitos dessas novas drogas manipuladas em laboratório que entram no mercado são muito mais potentes”, disse o cientista social Carlos de Almeida. “Elas são mais caras, saindo do mercado das biqueiras para circular na classe média e classe média alta.”

Especialistas dizem que essa maconha é mais prejudicial do que a comum e pode causar problemas psicológicos, principalmente com uso prolongado. Silvia de Oliveira Santos Cazenave, perita criminal aposentada, explica que a produção em laboratório é uma novidade no Brasil.

“Não posso dizer que quem faz uso desse cigarro preparado vai ter psicose, porque isso depende de pessoa para pessoa”, explicou Silvia. “Existe risco de alteração psiquiátrica por causa do rompimento metabólico do cérebro, que pode ter dificuldade para lidar com concentrações tão altas de substância psicoativa. A pessoa que fizer uso contínuo dessa maconha pode ter uma perturbação mental.”

Via Revista Oeste

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