Flagrado ao chamar o técnico Abel Ferreira de “português de m…”, o diretor de futebol Carlos Belmonte segue com as atribuições rotineiras dentro do São Paulo.
Nesta quarta-feira (6), ele compareceu à apresentação oficial do mais novo reforço do time, o atacante André Silva. Foi a primeira aparição pública de Belmonte em um evento do clube após a confusão registrada na partida contra o Palmeiras, no último domingo (6).
Belmonte assistiu ao evento sentado em uma das primeiras fileiras da sala de entrevistas no CT da Barra Funda, mas, como de praxe nesses casos, não falou. Quem deu as “boas-vindas” ao atacante tricolor foi o presidente Julio Casares.
O mandatário do São Paulo, aliás, já defendeu publicamente seu braço direito na gestão do futebol tricolor.
Após a presidente alviverde Leila Pereira dizer que tem a intenção de barrar Carlos Belmonte dos jogos no Allianz Parque e que estuda até procurar a Justiça, Casares saiu em defesa do parceiro na gestão tricolor (veja a nota completa a seguir).
“Carlos Belmonte não é xenófobo. Conversei com ele sobre o assunto, e ele me explicou que, de cabeça quente após os erros de arbitragem na partida, usou a nacionalidade do treinador como forma de identificação, e não qualificação. E, ele destacou que naquele momento, o próprio treinador não estava no local.
Lamento que em 2022 a presidente Leila não pensou de forma inclusiva e em promover a paz nos estádios. Na ocasião, após o término da final do Paulistão, não houve qualquer comoção ou pedido de desculpas da instituição sobre ato homofóbico em relação ao São Paulo Futebol Clube.
Dirigentes, técnicos, jogadores e demais pessoas envolvidas no futebol não devem agir com violência. Repudio quem maltrata jornalista retirando seu instrumento de trabalho das mãos, quem chuta microfone, quem peita jogador do time adversário mesmo não sendo atleta. Enfim, temos todos juntos de trabalhar para combater esse tipo de situação, tanto dentro como fora de campo.
Respeito ao adversário também deve ser dado com boas instalações em seu estádio próprio, condições para jornalistas trabalharem e segurança. Sempre recebemos bem a Leila, como ela mesma diz, no MorumBIS. Mas não podemos dizer o mesmo do São Paulo no Allianz. Já tivemos diversos incidentes com nossos profissionais por lá. Não podemos viver como dirigentes do passado, mas não podemos deixar de ter o amor por nosso time do coração.”