A vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas na madrugada desta quarta-feira, 6, foi comemorada pela direita brasileira, que projeta o retorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao poder em 2026. Ele próprio também comemorou a vitória e disse que espera o mesmo acontecer no Brasil.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Bolsonaro, foi um dos primeiros e afirmou que “venceu a liberdade, a democracia e o conservadorismo”.
Outro dos filhos de Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), afirmou que, durante o governo Biden, houve um “enfraquecimento social” da população “de forma proposital”. O irmão do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse que Trump volta à presidência “de onde você nunca deveria ter saído”.
A comemoração seguiu entre os aliados do ex-presidente, como o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que disse que “o mundo livre respira”.
O vereador Rubinho Nunes (União-SP) disse que os Estados Unidos estão “voltando a ser ‘great again‘ com Trump!”
A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) acredita que a vitória de Trump é “um alívio para o mundo livre” e “uma chance para os brasileiros que lutam pela verdade e pela liberdade e abominam a tirania e a censura”, em referência às eleições de 2026.
O colega de Câmara, José Medeiros (PL-MT), foi direto ao cravar que “em 2026 teremos Bolsonaro no Brasil”. Já o deputado federal Filipe Barros (PL-PR) espera ver Bolsonaro voltar ao Palácio do Planalto. “Assim como nos Estados Unidos em que o povo votou pelo retorno de Trump, em 2026 veremos Jair Bolsonaro subir a rampa do Palácio do Planalto com uma grande bancada no Senado e na Câmara.”
A mesma referência foi usada pelo colega Nikolas Ferreira (PL-MG), que disse que “os democratas perderam a Câmara, o Senado, o colégio eleitoral e o voto popular”.
Ainda durante a madrugada, o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) disse que “agora podemos dormir felizes e tranquilos”. “2026 é logo ali”, emendou Bruno Engler (PL-MG), deputado federal.
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Amanda Vettorazzo, vereadora eleita de São Paulo pelo União, disse que o povo norte-americano “disse não à agenda radical esquerdista”, e teoriza: “Que fique o recado para o Brasil.”
O senador Sergio Moro (União-PR) criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao afirmar que ele mostrou “toda a sua ‘genialidade’ diplomática, não só manifestou desnecessariamente sua preferência por quem perdeu a disputa, mas também chamou o Trump, novo presidente dos Estados Unidos, de nazista”. Na última sexta-feira, 1, Lula manifestou apoio a Kamala Harris.
O investidor Leandro Ruschel seguiu na mesma linha, ao relembrar que, apesar de ter sido chamado de racista pela oposição, Trump fez o melhor resultado como candidato republicano entre latinos e negros em décadas. Ernesto Araújo, chanceler do Brasil durante a gestão Bolsonaro, parabenizou Trump, os norte-americanos e “todos os que continuam sonhando com um mundo livre e com um Brasil livre, justo e verdadeiro”.
Direita repercute vitória de Trump
“Trump vence nos EUA e se inicia a contagem regressiva para o retorno da direita ao poder no Brasil”, pontuou o deputado Coronel Meira (PL-PE). “Vitória da liberdade, da democracia e da prosperidade”, emendou a deputada Carla Zambelli (PL-SP), que projeta que 2026 será o ano em que o Brasil se livrará “do atraso da esquerda”.
Colega de Casa, o deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) considera que a vitória de Trump é uma “nova esperança também no Brasil contra a tirania”. “A maioria que se desenha no Senado e na Câmara significa ainda mais aliados para nossa batalha pela democracia, justiça e liberdade no Brasil e no mundo!”
Ex-ministro das Comunicações, Fabio Wajngarten parafraseou o lema da campanha do capitão: “Faça o Brasil grande novamente”, referente ao “make America great again” (“faça a América grande novamente”).
O deputado Gustavo Gayer (PL-MG) postou nas redes sociais uma imagem em que Bolsonaro cumprimenta Trump durante uma reunião do G20.
“Tá Kamala pronta? Então vaza”, ironiza uma imagem postada pelo deputado Mario Frias (PL-SP).
“A direita só avança: Milei na Argentina, Bukele em El Salvador, Lacalle Pou no Uruguai, Orban na Hungria, Melonia na Itália, Netanyahu em Israel, Trump nos EUA e, em breve, Bolsonaro no Brasil”, postou o senador Jorge Seif (PL-SC).
A colega senadora Damares Alves (Republicanos-DF) seguiu na mesma linha e afirmou que “venceu a democracia”.
O ativista Raphaël Lima (Novo-SP) prevê que o PT e o Supremo Tribunal Federal intensificarão seus esforços para o controle das redes sociais no Brasil. “Somando eleições municipais e essa virada do Trump, fica claro que a esquerda não consegue vencer num ambiente de liberdade de expressão”, considera.