Diplomatas brasileiros foram pegos de surpresa com as imagens reveladas pelo jornal americano The New York Times que mostram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Embaixada da Hungria, em Brasília (DF).
Integrantes do Itamaraty avaliam com “estranheza” o fato de o ex-presidente permanecer dois dias no local, segundo as informações do jornal, após a apreensão do passaporte pela Polícia Federal (PF), como medida cautelar determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O assunto começou a repercutir entre os diplomatas no início da tarde desta segunda-feira (25). Os diplomatas consideram que é muito difícil convocar o embaixador para questionar a visita do ex-presidente, já que a embaixada poderia alegar que Bolsonaro ficou no prédio diplomático apenas como convidado.
As embaixadas são consideradas uma extensão do território do país de origem em solo brasileiro, e convenções diplomáticas impõem restrições para a aplicação de lei brasileiras.
A avaliação é de que o fato de Bolsonaro ter o passaporte apreendido e o prédio da embaixada ser “territorio internacional” também não impedem que o ex-presidente acesse esse locais.
A diplomacia pretende acompanhar os desdobramentos do caso com atenção.
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